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sábado, 6 de dezembro de 2025
Imposição tarifária

Tarifas dos EUA afetam 77,8% das exportações brasileiras, diz CNI

As tarifas afetam, em maior parte, a indústria de transformação, além de café, calçados, carne bovina e frutas

Eduarda Leitepor Eduarda Leite em 7 de agosto de 2025
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Economista comenta impactos das novas tarifas no bolso dos brasileiros (Foto: Freepik)

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que as taxas adicionais impostas pelo governo americano afetam 77,8% das exportações brasileiras para os Estados Unidos (EUA).

A análise da consulta empresarial leva em consideração três frentes tarifárias impostas pelo governo americano, desde o início do ano. A primeira, considera a tarifa geral de 10%. A segunda, a alíquota adicional de 40% direcionada ao Brasil. A terceira, as medidas setoriais da seção 232, que aplicam sobretaxas de até 50% a setores como siderurgia, veículos e autopeças.

De acordo com a CNI, mais da metade da pauta exportadora brasileira aos EUA enfrentará tarifas de 50%. Dentro disso, 45,8% do total estão sujeitas a sobretaxas exclusivas ao Brasil. “O levantamento mostra a dimensão do problema e a urgência de articulação entre governo e setor produtivo. Nesse sentido, é preciso preservar nossa capacidade exportadora e responder rapidamente a essa escalada protecionista”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI, em nota

Impactos no bolso do brasileiro

Entre as empresas consultadas pela Confederação, 33% já relataram impactos negativos em suas exportações. Além disso, quando questionadas sobre como as medidas impactaram suas operações, as empresas consultadas relataram ampla variedade de efeitos. Entre eles, o destaque foi para a queda nas vendas ao mercado americano, apontada por 45% das empresas. 

Para o economista Luiz Carlos Ongaratto, o brasileiro sentirá com mais força o impacto das novas tarifas em produtos como café, calçados, carne bovina e frutas. “O importador americano terá que buscar alternativas em outros países. Porém, não há substitutos para café e carne bovina disponíveis para os EUA no curto prazo, o que poderá fazer com que revejam a tarifação desses produtos”, explica o especialista.

O economista ainda explica que, como suporte, o governo poderia realizar algum incentivo fiscal para compensar as perdas dos exportadores afetados pelas tarifas. “Isso pode ser realizado com linhas de crédito mais baratas ou até a suspensão temporária de algum tributo até que se encontre alternativas”, diz Luiz Carlos.

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