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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ECONOMIA

Famílias deixam de resgatar até R$ 50 mil em benefícios após a morte de parentes

Um levantamento da plataforma Planeje Bem, especializada em planejamento sucessório e apoio pós-perda, revelou que famílias brasileiras deixam de resgatar, em média, entre R$ 10 mil e R$ 50 mil em benefícios

Caroline Gonçalvespor Caroline Gonçalves em 19 de agosto de 2025
4 fecha Pixabay
Ativos invisíveis como FGTS, DPVAT, seguros e valores em contas digitais deixam de ser resgatados por falta de orientação em um dos momentos mais delicados das famílias Foto: Reprodução/Pixabay

A perda de um parente próximo traz não apenas dor emocional, mas também prejuízo financeiro. Um levantamento da plataforma Planeje Bem, especializada em planejamento sucessório e apoio pós-perda, revelou que famílias brasileiras deixam de resgatar, em média, entre R$ 10 mil e R$ 50 mil em benefícios que o falecido tinha direito.

Segundo a diretora executiva da empresa, Carolina Aparício, a principal causa desse problema é o desconhecimento sobre os chamados “ativos invisíveis”, valores e benefícios que poderiam ser resgatados sem necessidade de inventário, mas que acabam esquecidos. “É comum imaginar que tudo precisa passar pelo inventário, mas há direitos que podem ser solicitados de maneira simples. Como o luto é um momento delicado, muitas famílias acabam deixando esses valores de lado”, explica.

Entre os benefícios mais ignorados estão: indenização do Seguro DPVAT por acidente ou morte (40%), auxílios e benefícios trabalhistas como FGTS, PIS/Pasep e décimo terceiro (25% a 30%), contas bancárias e investimentos (25%), seguros de vida (20%), previdência privada (20%) e pensão por morte do INSS (10%). Além deles, há valores menores que também somam prejuízos, como auxílios-funeral
oferecidos por bancos e cartões de crédito, milhas aéreas e saldos em carteiras virtuais.

Grande parte desses recursos pode ser acessada online, mas exige documentação e prazos específicos que a maioria desconhece. Quando não são solicitados a tempo, os valores podem expirar.
O perfil mais comum das famílias que esquecem os ativos invisíveis é formado por homens entre 25 e 45 anos, geralmente filhos, sobrinhos ou netos do falecido.

Segundo Carolina, após resolver questões práticas, como o funeral, muitos retomam a rotina e deixam de lado os pedidos de benefícios. O DPVAT, por exemplo, é o benefício mais esquecido.

A diretora também lembra que auxílios trabalhistas podem ser resgatados até sem inventário, com um simples alvará judicial, e que o Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central, tem ajudado na recuperação de valores esquecidos em contas e investimentos. Para evitar perdas, Carolina aconselha que todos conversem em vida sobre bens e direitos, além de planejarem a sucessão.

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