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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Confronto

Após embate na Câmara, Aava protocola representação contra Novandir no Conselho de Ética 

Vereadora denuncia quebra de decoro e intimidação com agravante de violência política de gênero

Thiago Borgespor Thiago Borges em 11 de setembro de 2025
Após embate na Câmara, Aava protocola representação contra Novandir no Conselho de Ética 
Foto: Lincoln Leão

A vereadora Aava Santiago (PSDB) protocolou, na última quarta-feira (10), uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Goiânia contra o vereador Sargento Novandir (MDB). O pedido ocorreu após o embate entre os parlamentares no plenário da Casa.

Na sessão da última terça-feira (9), Novandir insinuou que parlamentares da oposição teriam abandonado o plenário para obstruir a votação do projeto referente à prorrogação dos contratos temporários dos administrativos da Educação, porém, a proposta não estava na pauta do dia. Ao ser corrigido por Aava, o vereador a atacou ao afirmar que ela “não construiu nada e sequer trocou uma lâmpada na cidade”.

Em seguida, deixou o assento que costuma ocupar, do outro lado do plenário, e sentou-se ao lado da vereadora. O parlamentar, de costas para a transmissão da TV Câmara, murmurou palavras inaudíveis em direção à parlamentar. O presidente em exercício, Anselmo Pereira (MDB), suspendeu a sessão e Aava saiu do plenário, acompanhada de alguns pares.

Na sessão de quarta (10), um novo episódio entre as partes. Durante a assinatura da folha de frequência, Novandir exigiu que a tucana deixasse a cadeira na mesa diretora, se aproximando da parlamentar, que gesticulou para manter distância do emedebista.

A cena chamou a atenção de outros vereadores e servidores presentes, Pereira, novamente, interferiu no caso. As imagens do sistema de segurança foram solicitadas para instruir o processo. 

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“O que aconteceu não foi um desentendimento político. Foi quebra de decoro e intimidação, com agravante de violência política de gênero. É tentativa de silenciar uma parlamentar no exercício de seu mandato. Isso não pode ser naturalizado, nem tolerado nesta Casa”, declarou Aava.

A vereadora ainda disse que o parlamentar já acumula sete processos no Conselho de Ética por condutas semelhantes e que Novandir afirmou que ela “iria reagir alegando que é porque é mulher”. 

A representação ressalta que, neste caso, as ações do vereador se agravam por configurarem violência política de gênero, em violação ao Código de Ética da Câmara e à Lei nº 14.192/2021, que estabelece medidas de combate a esse tipo de violência. O texto solicita a instauração de processo disciplinar e a aplicação das penalidades previstas.

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