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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Roubo de dados

Como proteger seus dados no ambiente digital

Especialista explica como criminosos agem, quais são as fraudes mais comuns e de que forma as pessoas podem se prevenir

Eduarda Leitepor Eduarda Leite em 30 de setembro de 2025
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Saiba como os golpes com roubo de dados acontecem e de que modo se prevenir contra eles (Foto: Divulgação)

O roubo de informações pessoais na internet é cada vez mais frequente e serve de base para diversos tipos de golpes. Especialistas alertam que a falta de cuidado com os próprios dados pode abrir caminho para fraudes graves. O Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado pela Serasa Experian em março, revelou que o extravio de informações continua sendo um dos principais gatilhos para crimes digitais.

O levantamento mostra que em 2024, 16,3% dos entrevistados afirmaram ter tido documentos roubados ou perdidos. Além disso, 19% admitiram já ter compartilhado dados pessoais com terceiros, muitas vezes em compras online, abertura de contas bancárias ou pedidos de empréstimo. Essas situações aumentam significativamente os riscos de exposição.

Crimes mais comuns a partir dos seus dados

Entre os crimes mais comuns cometidos com dados roubados estão o golpe do PIX, em que mensagens falsas pedem transferências urgentes. Outro tipo é o golpe do falso parente ou amigo, quando criminosos criam perfis falsos para solicitar dinheiro em emergências inventadas. Além disso, há o golpe do boleto fraudado, que redireciona pagamentos para contas ilegítimas. 

Também, segundo o especialista, há a chamada portabilidade de número, ou SIM Swap, quando o telefone da vítima é transferido para outro chip e usado para acessar aplicativos de bancos e redes sociais.

Gabriel Fonseca destaca que a maioria das pessoas só percebe a clonagem quando já é vítima de um golpe. “Quando vê uma compra que não fez, um empréstimo em seu nome ou uma conta falsa”, cita. Por isso, o especialista recomenda que os consumidores monitorem regularmente sua situação cadastral junto à Receita Federal e a instituições de crédito, como a Serasa.

Atuação dos criminosos

De acordo com o advogado criminalista Gabriel Fonseca, do escritório Celso Cândido de Souza Advogados, os criminosos costumam clonar informações de identificação, como nome, CPF, RG e data de nascimento, além de dados de contato, senhas e informações financeiras ligadas a cartões de crédito e contas bancárias. Essas informações permitem a criação de contas falsas, golpes financeiros, contratação de empréstimos e até a abertura de empresas em nome das vítimas.

Os meios mais utilizados para obter dados pessoais são variados e exigem atenção redobrada. O phishing e o spear-phishing estão entre os mais comuns, com e-mails e mensagens que simulam comunicações de empresas conhecidas e induzem a vítima a fornecer informações em sites falsos. 

Também há casos de vazamentos de dados em empresas atacadas por criminosos, que depois comercializam as informações na dark web. Malwares e spywares instalados em computadores e celulares são outra ameaça, assim como o uso de redes Wi-Fi públicas, que permitem a interceptação de dados. Além disso, há a engenharia social, em que golpistas manipulam emocionalmente as vítimas para que revelem seus dados sem perceber.

Como reduzir os riscos

Para reduzir os riscos, Fonseca aconselha o uso de senhas fortes e diferentes para cada serviço, preferencialmente gerenciadas por aplicativos especializados, além da ativação da verificação em duas etapas em todas as contas possíveis. Ele recomenda ainda desconfiar de links e mensagens suspeitas, manter sistemas e aplicativos sempre atualizados, evitar o uso de redes Wi-Fi públicas sem proteção e considerar o uso de VPN. Outra prática importante é acompanhar de perto o CPF com serviços de monitoramento, que alertam sobre movimentações indevidas.

 

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