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domingo, 7 de dezembro de 2025
Gen Z

Militares de Madagascar dizem assumir o poder em meio à protestos

Militares tomam comando enquanto presidente denuncia “tentativa ilegal de tomada do poder”

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 13 de outubro de 2025
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Foto: Reprodução/ Euronews

Um contingente do Exército de Madagascar anunciou neste domingo (12) que assumiu o controle das forças armadas do país, em meio à crise política provocada por protestos antigovernamentais na capital, Antananarivo. O movimento ocorre pouco depois de o presidente Andry Rajoelina denunciar uma “tentativa ilegal de tomada do poder” e apelar ao diálogo como solução para a crise. Em vídeo divulgado pelos militares, foi informado que “todas as ordens do exército malgaxe, sejam terrestres, aéreas ou marítimas, partirão do quartel-general do CAPSAT”, a unidade administrativa e técnica responsável pelo comando das forças.

Em comunicado oficial, o governo reiterou que o ato dos militares se trata de “uma tentativa ilegal e violenta de tomada do poder” e destacou que o presidente e o primeiro-ministro “mantêm o controle total das ações” do país. Rajoelina afirmou que o diálogo é o único caminho para enfrentar a crise e conclamou à unidade nacional.

Militares se unem a manifestantes

No sábado (11), militares se juntaram a milhares de manifestantes que protestavam contra cortes de água e eletricidade, expandindo suas reivindicações para críticas à corrupção, à falta de oportunidades e à atuação de líderes políticos. Uma unidade da gendarmerie também rompeu com o governo, proibindo qualquer uso de força contra cidadãos e afirmando que a corporação “existe para proteger o povo, não para defender os interesses de poucos indivíduos”.

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Manifestação em Madagascar. (Foto: Reprodução)

Desde o início das manifestações da chamada Geração Z, em 25 de setembro, pelo menos 22 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas, segundo a ONU. Rajoelina contesta os números, citando 12 mortos, classificados como “vândalos”.

Oficiais da guarda nacional admitiram excessos nas ações contra manifestantes e pediram fraternidade entre as forças de segurança, reforçando que “estamos aqui para proteger, não para aterrorizar”. A situação reacende lembranças de 2009, quando a mesma base do CAPSAT conduziu um motim durante um levante popular que levou Rajoelina ao poder.

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