O carimbo no passaporte, símbolo clássico das viagens internacionais, começa a ser aposentado em parte da Europa. Desde o início desta semana, 29 países europeus, entre eles Portugal, França e Espanha, passaram a adotar gradualmente o Sistema de Entrada/Saída (EES), que utiliza reconhecimento facial e impressões digitais para identificar viajantes de fora da União Europeia. A substituição total deve ser concluída até 9 de abril de 2026.

Voltado a turistas e visitantes que não têm cidadania europeia nem dos países associados, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, o novo sistema será obrigatório para estadias de até 90 dias a cada 180 dias, o que inclui os brasileiros. 

Ao chegar a um dos destinos participantes, o viajante terá os dados biométricos coletados por um agente de fronteira, que poderá registrar as impressões digitais e tirar uma foto do rosto.

Novidade no passaporte não terá custos

Segundo a União Europeia, o EES não terá custos para os viajantes e poderá ser feito também por meio de equipamentos de autoatendimento instalados em aeroportos, portos e fronteiras terrestres. Alguns países devem oferecer ainda um aplicativo de pré-cadastro, mas, mesmo com o registro antecipado, será obrigatório passar pela checagem de um agente de imigração.

A novidade faz parte de um pacote de medidas para modernizar e reforçar o controle de fronteiras no bloco europeu. Outra mudança prevista é a criação do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (Etias), que deve entrar em operação no último trimestre de 2026. A autorização será exigida para cidadãos de países que atualmente não precisam de visto como o Brasil e custará 20 euros.

O Reino Unido não participará da nova plataforma. A implementação do EES abrangerá países como Áustria, Itália, Holanda, Suécia, Polônia, Croácia e Grécia, entre outros. Até que a substituição seja concluída, o carimbo manual continuará sendo utilizado em paralelo ao sistema eletrônico.