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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
OPINIÃO

Caiado será presidente se esquecer partido e for atrás de quem o ouça 

União Brasil está mais dividido que melancia em banca de feira, mas canal de YouTube tem mais força que Horário Eleitoral, ponto para os vizinhos de Wepink da Virgínia do Vini Jr.

Nilson Gomespor Nilson Gomes em 10 de novembro de 2025
Caiado
Foto: Hegon Corrêa

Os partidos políticos já morreram e, por falta de quem enfie um prego batido da ponta virada no caixão dessas imundícies, assustam o País a cada dois anos custando R$ 9 bilhões aos cofres públicos. Dividem-se em dois blocos, 1) quem está sendo aleitado, 2) quem está atrás do leite derramado. Ambos mamando e chorando. Por isso, PP e União Brasil decidiram entregar os cargos no Governo Federal e seus ocupantes fizeram ouvidos moucos e loucos. O que lhes aconteceu em reprimenda? Nada. Por isso, o pré-candidato de ambos à Presidência da República, Ronaldo Caiado, deve se libertar e ir atrás de quem o ouça, não de quem só escuta o tilintar do vil metal.

Junto com seus colegas governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ), Ratinho Jr. (PR) e Eduardo Leite (RS), Caiado tenta tornar viável eleitoralmente uma alternativa liberal à esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os marcos já estão fincados:

Lula acha que traficante é vítima de usuário, Caiado trata o tráfico na mira do fuzil;

Lula considera um erro do governador Castro a operação nos complexos Penha e do Alemão, em que 117 integrantes do Comando Vermelho foram contidos atentando contra as Polícias; Caiado apoiou Castro, até porque em Goiás é assim que criminoso é tratado;

Lula está devolvendo do Tesouro Nacional os R$ 6 bilhões que ladrões dos sindicatos tiraram dos aposentados; se fosse Caiado, cada centavo sairia da fortuna de quem roubou.

Posa de bonzinho. Mas é só Poze do Rodo

Com essas diferenças entre as pré-candidaturas, os filiados a PP e União Brasil que defendem os mesmos pontos de vista da esquerda veem dificuldades em deixar os cargos nos ministérios e na Caixa Econômica Federal. O UB de Caiado posa de bonzinho em Brasília, mas está com os quatro pés em duas canoas, o Iana III de Lula se ele tiver chance de reeleição (no momento, nem tanto) e o caiaque da oposição (já esteve melhor, piorou e agora está no equilíbrio).

Ano anterior ao da eleição é o tempo do cachorro doido, todo carrapato avaliando onde há mais sangue a ser sugado. A boa notícia é que essa época acabou. Mandruvás que comem as hortaliças são expostas nas redes sociais e canceladas. Não precisa esperar o Horário Eleitoral, cujos minutos já valeram mais que dinheiro e agora não valem um canal do YouTube.

Boa governança combate o anacronismo

Portanto, o que Caiado e seus companheiros de oposição devem fazer é mostrar ao Brasil que há métodos de governança sem o anacronismo atual. Como um presidente pode se considerar comandante-em-chefe das Forças Armadas para as quais vira as costas? São três os seus governos sucateando Exército, Marinha e Aeronáutica, além de Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Por isso, não consegue fechar as fronteiras nacionais para o crime e os traficantes deitam e rolam — aliás, nem precisam deitar e rolar, podem passar com drogas e armas sem ser incomodados.

Caiado
Foto: Wesley Costa

É com isso que os ministros de PP e UB compactuam? Então, não será Caiado que vai mudar a visão de quem se sente à vontade. Além dos partidos da federação União Progressista, outras siglas não esquerdistas também ocupam vaga no 1° escalão de Lula. Quando viram que os pepistas e o União falaram ao vento quando exigiram a saída de seus quadros dos ministérios, PSD e MDB ficaram caladinhos, juntos com Republicanos.

Adianta ter apoio das cúpulas de agremiações que não conseguem domar sequer suas cúpulas? 

Caiado precisa do UB porque estar filiado a um partido é exigência legal. Só por isso, mais nada. Não vai poder contar com os recursos dos fundões eleitoral e partidário, que certamente o União e as demais siglas vão destinar às candidaturas proporcionais. Afinal, é do número de eleitos à Câmara dos Deputados que se calcula quanto o partido vai ter de dinheiro e de tempo no rádio e na TV.

Virgínia, Alok, Gusttavo e… Caiado

Caiado tem história, tem currículo, tem discurso. Não tem preguiça. Se “só tem força na corte quem é forte na província”, como dizem desde a época do Império, sua aprovação entre os goianos está desde 2020 na faixa dos 90%. Das quatro pessoas mais famosas de Goiás, tem o apoio de Gusttavo Lima e o próprio. Faltam Virgínia Fonseca e Alok. Virgínia está se dedicando à Wepink e ao jogador Vini Jr., vai ter pouco tempo para participar da campanha — pelo menos não está com os adversários. Ela sozinha é maior que os oito ministros da direita que aderiram ao PT.

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