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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
CÂMERAS DIRECIONADAS À ÁREA

Empresário é investigado por gravar funcionárias trocando de roupa em Bela Vista de Goiás

Empresa nega acusações e diz que local onde câmera estava instalada não seria um vestiário, mas sim um guarda-volume, destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais das funcionárias

Bia Salespor Bia Sales em 13 de novembro de 2025
funcionárias
(Imagem: Polícia Civil)

A Polícia Civil de Goiás conduziu à delegacia o proprietário de uma empresa de Bela Vista de Goiás após receber uma denúncias sobre a existência de câmeras instaladas em um ambiente utilizado por funcionárias para trocar de roupa. O caso, que ganhou repercussão nas redes sociais do município, abriu frente de investigação sobre possível violação à intimidade e registro indevido de imagens dentro do espaço de trabalho.

De acordo com a corporação, a denúncia relata que o estabelecimento mantinha câmeras voltadas para o local usado pelas colaboradoras para trocar de roupa e que outras pessoas teriam acesso às imagens captadas. Com base nessas informações, equipes da Delegacia de Bela Vista de Goiás foram até o endereço para verificar a situação. No local, os agentes confirmaram a existência de equipamentos em funcionamento e direcionados justamente para a área utilizada pelas funcionárias para a troca de vestimentas.

Após constatar a veracidade da denúncia, o proprietário foi conduzido à unidade policial, onde foi autuado pela prática do crime relacionado ao registro indevido de imagens. A Polícia Civil informou que o caso segue sendo investigado para apurar em detalhes a finalidade das gravações, há quanto tempo o sistema estava instalado, quem tinha acesso às imagens e se houve compartilhamento desse conteúdo envolvendo as funcionárias.

Empresa nega versão apresentada pela polícia e fala em “informações inverídicas”

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PC quer saber a finalidade das gravações, há quanto tempo o sistema estava instalado, quem tinha acesso às imagens e se houve compartilhamento desse conteúdo.

Após a divulgação do episódio, a “Kero Frango Alimentos” divulgou uma nota nas redes sociais. No comunicado, a direção afirma que as informações são “inverídicas” e que o ambiente onde a câmera estava instalada não seria um vestiário, mas sim um guarda-volume, destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais das colaboradoras.

Segundo o texto divulgado, algumas funcionárias teriam sido anteriormente advertidas por utilizarem o local de forma inadequada, em desacordo com as orientações internas da empresa. A nota destaca ainda que nenhuma das imagens relacionadas ao caso foi divulgada pela empresa, reforçando que o episódio, segundo eles, está sendo interpretado de maneira equivocada.

“A empresa reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito à privacidade de todos os seus colaboradores, bem como com a observância da legislação vigente e dos princípios que norteiam suas atividades”, diz um trecho do comunicado.

Caso segue em investigação

Como o caso ainda está em fase inicial de apuração, a Polícia Civil não divulgou detalhes adicionais sobre quantas funcionárias foram ouvidas nem se novas diligências serão realizadas nos próximos dias. Também não foram informadas as possíveis qualificações criminais que podem ser aplicadas ao proprietário ao final da investigação.

O procedimento agora segue para análise formal, com coleta de depoimentos, avaliação técnica das imagens e perícia no equipamento apreendido. A conduta do empresário e a natureza do espaço filmado serão determinantes para a conclusão do inquérito. Dependendo da confirmação dos fatos, o caso pode envolver crimes previstos tanto no Código Penal quanto na legislação trabalhista.

Leia mais: Presidente do Sindicato Rural de Rio Verde é preso suspeito de assédio sexual; 3 funcionárias denunciaram

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