Tarifaço de 40% suspenso pelos EUA repercute na imprensa internacional
A suspensão do tarifaço sobre produtos brasileiros pelo Donald Trump, marcou uma reversão da medida anunciada em abril
A suspensão do tarifaço de 40% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcou uma reversão da medida anunciada em abril como retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje condenado por golpe de Estado. A retirada das tarifas de itens como carne, café, cacau, manga e açaí ocorreu nesta quinta-feira (20) e gerou repercussão em jornais ao redor do mundo.

O jornal espanhol El País afirmou que Trump iniciou “uma revisão de sua política comercial após perceber, embora não tenha admitido publicamente, que o custo de vida está impactando sua agenda política”. O periódico também disse que “a questão da acessibilidade financeira se transformou em um elemento central do debate público após a vitória do socialista Zohran Mamdani na eleição para prefeito de Nova York”.
Mamdani, que fez campanha com o tema do custo de vida, foi o primeiro prefeito muçulmano eleito — contra vontade de Trump, na cidade. Segundo o El País, a Casa Branca estuda há semanas medidas para enfrentar o problema e avalia que o líder norte-americano busca reduzir preços de supermercados na semana do Dia de Ação de Graças como parte de sua estratégia.
Jornais especulam motivo da suspensão do tarifaço
O jornal argentino La Nación afirmou que Trump suspendeu o tarifaço e “suavizou a guerra comercial” com o governo de Lula. O veículo disse ainda que o objetivo foi “reduzir os custos para os consumidores americanos” após a derrota republicana nas eleições locais, além de considerar que a política tarifária pressionava os preços.
Já o português Público escreveu que Trump “se rendeu à química” que disse ter tido com Lula na cúpula da ONU. A manchete do jornal afirmou que a aproximação “zera tarifaço sobre centenas de produtos brasileiros”. O veículo destacou que o Brasil não fez concessões e relacionou a suspensão à inflação dos alimentos nos Estados Unidos.