O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha caçula do ex-presidente Jair Bolsonaro, de 15 anos, visitem o ex-chefe do Executivo na superintendência da Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira. A decisão também libera o ingresso do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) durante o horário reservado às visitas familiares.

A autorização estabelece limite de 30 minutos para o encontro e exige que a adolescente esteja acompanhada da mãe. Conforme a determinação, continuam proibidas visitas de pessoas que não sejam familiares, médicos ou advogados. Outros pedidos encaminhados ao STF foram negados pelo ministro.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe

Bolsonaro está preso desde o dia 22, após decisão de Moraes que apontou risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica. Posteriormente, o ministro determinou o trânsito em julgado da ação penal relativa à trama golpista e ordenou o início imediato do cumprimento da pena na sede da PF.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

Rotina de visitas restritas e relatos sobre o estado de saúde

Na semana passada, Bolsonaro recebeu Michelle, Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL), primeiro dos filhos a visitá-lo após o trânsito em julgado. Na ocasião, Renan relatou que o pai se encontrava fragilizado e enfrentando crises de soluço.

“Meu pai está muito mal. Ele teve crises de soluço a noite toda. Encontrei com ele durante 30 minutos e ele estava com crise de soluço. É muito triste o que está acontecendo”, disse Renan.

Visitas seguem regras rígidas na PF

Desde a prisão, a família mantém uma rotina de visitas sob protocolos restritos, com proibição do uso de celulares, limitação do número de pessoas e tempo reduzido de permanência na unidade da Polícia Federal.