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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
Tragédia Climática

Inundações no sudoeste da Ásia já deixam mais 1.100 mortos

Inundações mobilizam Exércitos de Sri Lanka e Indonésia enquanto equipes tentam chegar a áreas isoladas em regiões

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 1 de dezembro de 2025
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Foto: Reprodução

As inundações que vem atingindo o sudoeste da Ásia na última semana, já deixaram mais de 1.100 mortos e pressionam governos a ampliar operações de resgate, segundo balanços atualizados nesta segunda-feira (1°). Sri Lanka e Indonésia mobilizaram seus Exércitos, pediram ajuda internacional e lidam com estradas bloqueadas, desaparecidos e áreas totalmente isoladas após dias de chuvas torrenciais provocadas por múltiplos fenômenos meteorológicos.

As tempestades castigaram o Sri Lanka, Sumatra, o sul da Tailândia e o norte da Malásia. O impacto varia entre os países, mas todos enfrentam danos severos. A Indonésia registra o maior número de vítimas: 604 mortos, 464 desaparecidos e mais de 578 mil moradores evacuados em três províncias de Sumatra. O desastre é o mais letal no país desde o terremoto seguido de tsunami em 2018, que matou mais de duas mil pessoas. O governo enviou navios militares, embarcações-hospital, helicópteros e aviões para alcançar regiões onde as rodovias continuam interrompidas.

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Foto: Reprodução

Em visita ao norte de Sumatra, o presidente Prabowo Subianto afirmou que “a prioridade agora é como enviar imediatamente a ajuda necessária”. Segundo ele, “há vários vilarejos isolados aos quais, com a ajuda de Deus, conseguiremos chegar”. Em Sungai Nyalo, a 100 km de Padang, moradores retornaram no domingo (30/11), para encontrar casas, plantações e veículos cobertos por lama espessa após o recuo parcial das águas.

Inundações em Sri Lanka provocam estado de emergência

No Sri Lanka, o governo decretou estado emergência, acionou helicópteros militares e pediu auxílio externo diante de um cenário descrito como o pior desde o tsunami de 2004. A agência de gestão de desastres confirmou 355 mortos e 366 desaparecidos. Em Colombo, a chuva cessou nesta segunda-feira, permitindo a reabertura de parte do comércio e a redução gradual do nível da água. As autoridades ainda avaliam o tamanho das perdas no centro do país, a região mais prejudicada.

O presidente Anura Kumara Dissanayake disse que o país enfrenta “o maior e mais difícil desastre natural da nossa história” e prometeu reconstruir as áreas devastadas, afirmando que “sem dúvida construiremos um país melhor do que o que existia antes”. Durante as operações, um helicóptero usado no transporte de alimentos caiu no domingo ao norte de Colombo.

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Foto: Reprodução

A Tailândia atualizou para 176 o total de mortos, concentrados principalmente no sul. Apesar do envio de equipes de socorro, a população critica a lentidão da resposta do governo, que suspendeu dois funcionários após falhas no atendimento às áreas alagadas.

Na Malásia, as enchentes provocaram duas mortes no estado de Perlis, no extremo norte. O país enfrenta transtornos logísticos provocados pela mesma combinação de monções intensas e por uma tempestade tropical incomum, que concentrou volumes extraordinários de chuva especialmente sobre Sumatra. O aquecimento global intensifica tempestades e aumenta a capacidade de a atmosfera reter umidade, agravando episódios de precipitação extrema.

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Foto: Reprodução

Os efeitos combinados das inundações revelam a extensão dos estragos provocados em quatro países em poucos dias. Com comunidades isoladas e um total de vítimas que ultrapassam 1.100 mortos, governos regionais buscam reparar estradas, restabelecer serviços e ampliar o atendimento às populações mais afetadas. Enquanto a água recua de forma desigual, equipes de emergência seguem em busca de desaparecidos e de rotas seguras para distribuir alimentos e medicamentos.

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