A cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para correção de hérnias inguinais bilaterais foi concluída com sucesso na manhã desta quinta-feira de Natal, no Hospital DF Star, em Brasília. A informação foi divulgada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em publicação nas redes sociais, e confirmada por boletim médico, que apontou ausência de intercorrências durante o procedimento e parâmetros clínicos estáveis no pós-operatório imediato.

Segundo Michelle, a operação transcorreu dentro do previsto e a equipe aguardava, no início da tarde, o retorno completo da anestesia para a avaliação final. O procedimento teve início por volta das 9h30 e durou cerca de três horas e meia. Após a cirurgia, Bolsonaro foi encaminhado ao quarto para acompanhamento clínico, sem previsão imediata de alta – a estimativa médica é de até sete dias de internação. Em postagem nas redes sociais, a ex-primeira dama agradeceu a equipe médica,

A intervenção cirúrgica foi realizada após perícia médica da Polícia Federal, que confirmou a necessidade do tratamento. De acordo com os médicos, o ex-presidente seguirá em cuidados pós-operatórios, incluindo analgesia, fisioterapia motora e prevenção de trombose venosa.

Durante a internação, a equipe também avalia os soluços frequentes apresentados por Bolsonaro. O cirurgião Cláudio Birolini informou que há a possibilidade de um procedimento no diafragma caso o quadro persista. Laudo da PF registrou a ocorrência de 30 a 40 soluços por minuto, o que motivou a otimização do tratamento clínico e a reavaliação de uma eventual intervenção adicional nos próximos dias.

Boletim do Hospital DF Star destacou que o procedimento foi realizado “conforme o previsto, sem intercorrências” e que o paciente permanece sob observação, com possibilidade de novo procedimento a depender da evolução clínica.

Por decisão judicial, os filhos do ex-presidente foram autorizados a visitá-lo, respeitando as regras do hospital. Outras visitas dependem de autorização prévia do Supremo Tribunal Federal. Carlos Bolsonaro, postou foto do pai no hospital e se queixou do tratamento: “acompanho a internação para a oitava cirurgia decorrente da tentativa de assassinato contra o presidente @jairbolsonaro, praticada por um antigo filiado a partido aliado de Lula. Confesso que, desta vez, o número de policiais mobilizados para acompanhar o procedimento e toda a movimentação ultrapassa qualquer limite que qualquer ser humano consideraria razoável – é algo absolutamente inacreditável e constrangedor”, disse Carlos. 

Antes da cirurgia, Bolsonaro escreveu uma carta à mão na qual indica o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência. Segundo Flávio, o documento foi redigido no dia 23, quando o ex-presidente estava na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde se encontra preso desde novembro.