O comércio de Goiás chega ao Réveillon 2025/2026 embalado por números positivos registrados no último ano e por uma expectativa de novo ciclo de vendas fortes na virada. Após um 2024 considerado histórico para o varejo goiano, empresários de Goiânia e do interior projetam aumento no faturamento impulsionado pelo pagamento do 13º salário, pela maior circulação de renda e pela consolidação do consumo voltado a experiências, lazer e alimentação fora do lar.

Dados oficiais mostram que o comércio varejista de Goiás cresceu 6% em 2024, o maior avanço em 12 anos e acima da média nacional, que ficou em 4,7%. O resultado reforça o otimismo do setor para o fim de 2025, especialmente em datas estratégicas como o Réveillon, quando segmentos específicos concentram grande volume de vendas.

Virada passada serve de termômetro para 2025/2026

A passagem de 2024 para 2025 foi marcada por forte movimentação econômica em Goiás. Apenas no mês de dezembro, as vendas no varejo goiano somaram cerca de R$ 11 bilhões, com a emissão de mais de 105 milhões de notas fiscais eletrônicas. Em comparação com dezembro de 2023, houve crescimento de aproximadamente 7% em valor e 5% em volume de operações.

Os dados indicam que o consumo de fim de ano foi decisivo para o desempenho do comércio, especialmente nos setores de supermercados, hipermercados, bebidas e alimentos, que fecharam 2024 com alta de 8,4%. Esse cenário é utilizado agora como referência para a projeção do Réveillon 2025/2026.

Goiânia concentra consumo e serviços na virada

Na capital, Goiânia segue como principal polo de consumo no período. No Réveillon passado, bares, restaurantes e casas de eventos registraram alta taxa de ocupação, com muitos estabelecimentos operando com reservas esgotadas antes da virada. O ticket médio também apresentou crescimento, refletindo um consumidor disposto a gastar mais por experiências completas, como jantares especiais, festas fechadas e shows.

Para este ano, empresários do setor de serviços mantêm a aposta em programações especiais e menus exclusivos. A avaliação é de que o Réveillon deixou de ser apenas uma data de confraternização doméstica e passou a ocupar papel central na economia da cidade.

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Supermercados, moda e shoppings puxam vendas

Outro destaque do Réveillon 2024/2025 foi o desempenho dos supermercados e do comércio de moda. Redes varejistas registraram aumento expressivo na venda de espumantes, carnes nobres, itens importados e kits prontos para ceias. No vestuário, peças brancas e coleções especiais impulsionaram o movimento nos shoppings de Goiânia, que adotaram horários estendidos nos últimos dias do ano.

Mesmo com a concorrência do comércio eletrônico, as lojas físicas tiveram papel relevante, especialmente nas compras de última hora, reforçando a importância do varejo presencial na economia local.

Turismo regional amplia impacto econômico

O turismo regional também contribuiu para o aquecimento do comércio no Réveillon passado. Municípios goianos com apelo turístico registraram aumento na ocupação hoteleira, impactando positivamente restaurantes, mercados, postos de combustíveis e prestadores de serviços. Para 2025/2026, a expectativa é de manutenção desse fluxo, impulsionado pela busca por viagens curtas e destinos próximos.

Expectativa positiva, com atenção aos custos

Para este Réveillon, a projeção do setor é de crescimento moderado, sustentado pela renda extra do fim de ano e pela confiança do consumidor, apesar da inflação ainda pressionar custos, especialmente no setor de alimentos e bebidas. O comportamento observado em 2024 indica um consumidor mais seletivo, que compra menos volume, mas prioriza qualidade e experiência.

Com base nos números do ano passado, o comércio goiano entra na reta final de 2025 confiante. Para empresários de Goiânia e do interior, a virada do ano segue como um termômetro do humor da economia e um indicador importante do ritmo de consumo que deve marcar o início de 2026.