Coluna

Baldy e Waldyr podem selar acordo em um único nome

Publicado por: Redação | Postado em: 04 de agosto de 2022

O pré-candidato ao Senado, Alexandre Baldy (Progressistas) e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) — cada qual com seus objetivos políticos —, seguiram desde o ano passado estreitando laços de reciprocidades governamental. Baldy atuando nos bastidores do serpentário político de Brasília e Caiado na costura de acordos administrativos mais vantajosos para Goiás. Essa parceria silenciosa e discreta, restabeleceu as relações políticas entre os dois que, em 2021, esteve estremecidas. Agora, afunilado o processo de escolha para a vaga ao Senado, tendo na base Caiadista na disputa só Delegado Waldyr (UB) e Baldy, não será surpresa um deles abrir mão da disputa. Caiado já deixou claro que esse ‘cálice amargo’ para escolher um nome, ele não fará. Os partidos precisam resolver entre si, recomendou. Por ser da do União Brasil, a lógica sugere que Baldy seja indicado. Seria muito ruim para a reeleição do governador ter uma chapa quase ‘puro sangue’, então, Waldyr e Baldy já devem ter tido essa conversa. Não será surpresa se Delegado Waldyr ceder a vaga para Baldy e ir para uma reeleição garantida. A conferir.

Caiado com Baldy

Na quarta-feira (2), Ronaldo Caiado recebeu em seu gabinete Alexandre Baldy para ‘um dedo de prosa’. O pano de fundo da audiência era para tratar dos interesses de prefeituras do Progressistas, mas segundo fontes da coluna, a conversa girou sobre a chapa majoritária. Caiado confirmou que vai participar da convenção dos Progressistas nesta sexta-feira (5), sinal interpretado pelos mais atentos, que o governador vê com bons olhos uma aliança entre Baldy e Waldyr.

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Marconi federal?

As apostas entre apoiadores e aliados, apontam que Marconi Perillo (PSDB) vai disputar vaga para deputado federal e não governo. Avaliam que, se ele aliar ao PT perde os votos conservadores que sempre apoiou seu projeto político. Essa possível desidratação de votos mais a dificuldade em subir junto com Lula no mesmo palanque, reforçaria o discurso de que “um gambá cheira o outro”, ou seja: corrupção. Todo o esforço jurídico e político para reconstruir seu legado caiaria por terra.

Errou, perdeu!

O presidente da Alego tinha tudo para emergir como um player político. Habilidoso nas negociações políticas mais polêmicas, bem avaliado pela maioria dos colegas deputados e uma liderança respeitada. Foi reeleito e reconduzido à presidência da Mesa Diretora com muita antecedência, indicativo que inspirava confiança, mas em política, quem erra muito perde.

Queda de braço

Ao se lançar como substituto do economista Henrique Meirelles na vaga para o Senado, forçou um apoio que Ronaldo Caiado (UB) não poderia conceder, afinal, se cedesse, Caiado perderia aliados importantes. Forçou e cometeu um erro que poucos políticos cometem: aprovou a CPI da Saúde que investigava o governo. Ele sabia que a CPI era apenas um factoide político da oposição e Caiado deu o troco isolando a base de Lissauer no Sudoeste. Perdeu novamente a queda de braço.

Ainda sem vice

A partir desta sexta-feira (5), Gustavo Mendanha (Patriota) estará oficialmente na corrida pelo Palácio das Esmeraldas. A expectativa é que o nome do vice-governador seja divulgado durante a convenção dos partidos aliados. O deputado federal João Campos (Republicanos) também está confirmado na vaga ao Senado. O vice ainda não foi anunciado.