Coluna

Do governo para o Senado, o recuo estratégico de Marconi

Publicado por: Redação | Postado em: 05 de agosto de 2022

“Nunca tive um projeto pessoa e sempre me candidatei movido pelos interesses coletivos. Já tive várias oportunidades de ajudar o estado de Goiás e sou grato por isso”. A frase foi repetida inúmeras vezes por Marconi Perillo (PSDB) desde quando retornou aos noticiários políticos no início de 2021. A partir de então, reorganizou o partido, despertou a militância para o debate de ideias e defendeu seu legado de quase 20 anos de poder. Sinalizou ao PSDB que teria candidato. Estava convencido de que poderia montar estrutura e alianças que fizesse frente ao poder da máquina pública. Não deu. No cenário nacional, o partido implodiu e nem candidato a presidente conseguiu viabilizar. Mesmo assim, resistiu, dialogou com as forças contrárias ao governador Ronaldo Caiado (UB), mas a realidade forçou um recuo estratégico. Liderando as pesquisas para o Senado com folga, tornou-se uma alternativa viável e menos arriscada. Ao disputar vaga para senador, não mexe na base eleitoral dos candidatos a deputados federais e pode – caso seja eleito –, oxigenar a militância tucana e ainda, por seu um player político nacional, ajudar a reconstruir o PSDB no país.

Apoio a Tebet

Na tarde desta quinta-feira (4), entre inúmeras reuniões, Marconi recebeu telefonemas de dois interlocutores de Jair Bolsonaro e Vitor Hugo, conforme relato de uma fonte, sondando Marconi para uma aliança. Marconi teria agradecido, disse que parcerias com Vitor Hugo (PL) ou Gustavo Mendanha (Patriota), por enquanto estão descartadas. Ele vai apoiar Simone Tebet (MDB) em respeito a Federação Partidária entre MDB, PSDB e Cidadania.

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Entorno cobiçado…

Segundo maior colégio eleitoral de Goiás, o Entorno de Brasília com seus nove municípios e um capital político próximo de 800 mil eleitores, tornou-se o objeto de desejo de todos os pré-candidatos ao Governo de Goiás. Um contingente eleitoral destes desequilibra qualquer candidatura, seja para a vitória ou derrota.

…também por Brasília

Não só os pré-candidatos proporcionais e majoritários de Goiás miram o Entorno, mas também os do Distrito Federal. Embora não exista uma estatística segura quanto ao número de votantes da região que tem título eleitoral na Capital do País, estima-se em 150 mil eleitores. Votos suficientes para eleger deputado estadual e distrital.

Pros volta à base

Menos de 12 horas do anúncio em apoio ao pré-candidato Gustavo Mendanha (Patriota), o Pros volta ao ponto de partida, ou seja, apoiar a reeleição de Ronaldo Caiado (UB). Caso não aconteça uma nova liminar, a sigla soma-se aos 11 partidos que da base Caiadista.

Valha-nos, Deus

Chamou a atenção uma declaração do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello ao Jornal da Gente, da rádio Bandeirantes, de que o TSE “incendiaria o país se negar a candidatura à reeleição do presidente Bolsonaro. “Seria a pior coisa que poderia ocorrer”.