Coluna

Base de Bolsonaro já conta com 15 dos 17 deputados goianos

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 29 de outubro de 2018

A busca por formação de uma bancada sólida para apoio ao
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional ocorre já desde
antes da vitória do deputado federal neste domingo, quando obteve 55% dos votos
válidos contra 44% do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). E a
construção já conta com ampla maioria entre os 17 deputados federais eleitos
neste ano. Apenas Rubens Otoni (PT) e Elias Vaz (PSB) adiantam que comporão a
partir da posse em fevereiro a oposição ao novo presidente. Todos os outros 15,
segundo o deputado mais bem votado em Goiás pela segunda eleição consecutiva,
delegado Waldir (PSL), indicam ou até garantem possibilidade de apoio ao
governo. “A Flávia Morais (PDT) também tem a tendência de caminhar conosco.
Temos excelente relacionamento com ela”, afirma Waldir, reconhecendo que os
outros 14 parlamentares atuaram por Bolsonaro já na campanha. “Em todos os
estados é dessa forma e temos tranquilidade sobre a governabilidade do
presidente”, garante.

Nova forma

Continua após a publicidade

O deputado Waldir Soares ainda define que a relação da
gestão de Bolsonaro com o Legislativo não deverá ser pautada por “negociatas” nem “barganhas”, diferente de todos os governos anteriores em Brasília.

Papo isolado

“Temos aliados e provaremos que é possível governar desta
nova forma”, diz. E se precisar ir atrás do Centrão? “Não. Não vamos atrás
deles. As pessoas migram naturalmente”, responde o delegado.

“Ajuda especial”

O senador e governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado
(DEM), revelou ontem algumas das informações já colhidas sobre a situação
financeira e fiscal do estado e, percebendo condições críticas, afirmou que
pedirá “ajuda especial” do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), no próximo
ano, quando as duas novas administrações forem iniciadas. “Discutimos todos os
problemas do estado e a secretaria executiva do Ministério da Fazenda relatou
as dificuldades todas. As renegociações da dívida foram feitas e caíram por
terra, porque o governo não quitou as parcelas. O grau de endividamento e
quantidade de restos a pagar que tem ficado. Um orçamento que deve finalizar em
mais de R$ 3,8 bilhões de déficit orçamentário ainda este ano”, lista o
democrata. Diante disso, Caiado aponta que já está busca alternativas nos
últimos dois meses do ano, antes de assumir o cargo. “Vou o mais rápido
possível buscar o ministro da Fazenda do Bolsonaro para buscar alternativas.
Não podemos receber o estado com a quebra toda de arrecadação”, define.

CURTAS

Inédito – Pela
primeira vez na história, o Brasil elege um presidente réu. Bolsonaro responde
em duas ações penais no STF por incitação a crime e injúria.

Seria assim – Não
seria diferente se Haddad tivesse vencido. O petista virou réu neste ano em
ação em que é acusado de improbidade administrativa.

À luta – Como
previsto, o PT volta à oposição, como nos governos de FHC. A diferença é que,
agora, carrega desgaste de gestões e não tem Lula, que seguirá preso.

Vitória

O 38º presidente do Brasil, deputado federal e capitão do
Exército Jair Bolsonaro (PSL), é o terceiro militar a ser eleito pelo voto
direto para o cargo. O primeiro foi Hermes da Fonseca (1910) e o
segundo foi Eurico Gaspar Dutra (1945).

Ampla margem

A meta estabelecida por apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL)
para o estado de Goiás não foi atingida. O objetivo era chegar a 70% dos votos
válidos e o número alcançado foi de 65,5%, contra 34,4% de Fernando Haddad
(PT). Ainda assim, ampla maioria.

Maior ainda

Em Goiânia então, a margem foi ainda mais alta. Se a
diferença entre dos dois no país foi de pouco mais de 10 pontos percentuais,
mas na capital chegou a 48,4 pontos. O presidente eleito teve 74,2% dos votos
válidos contra 25,8% do petista.

Suplementares

Goiás teve ainda a definição de cinco novos prefeitos em
eleições suplementares neste domingo (28). Em Serranópolis, o candidato único
Tárcio Dutra (MDB) teve 3,4 mil votos e foi confirmado.

Com disputa

Em Divinópolis, o prefeito será Charley Tolentino (PRB), que
57% dos votos contra 42% de Miltim (PR). Em Davinópolis, Diogo (MDB) venceu
Wilker (PR), por 54% a 45%. Em Turvelândia, 59% escolheram Siron Queiroz (SD),
contra 40% de Joel Gaguinho (MDB).

Acirrado

A maior das cidades com decisão ontem, Planaltina (54 mil
eleitores) será comandada por Eles Reis (PTC), que teve 43% dos votos contra
40% do Pastor André (PRB).  Em todos os
cinco casos, prefeitos e vices eleitos em 2016 foram cassados.