Coluna

Bivar oferece o União para Lula e irrita governadores

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 17 de novembro de 2022

O presidente do União Brasil, deputado federal por Pernambuco, Luciano Bivar (PE), tutor de uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, com 59 parlamentares a partir de 2023, já declarou que não fará oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até ai, normal em se tratando de um partido do ‘centrão’, mas ao atropelar os quatro governadores eleitos pela legenda, oferecendo na bandeja o apoio a Lula sem uma estratégia de negociação, enfraquece o partido e os governadores. Este incômodo aflige principalmente as lideranças originárias do antigo DEM, principalmente, o ex-prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto. Ele e os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado e do Mato Grosso, Mauro Mendes, expoentes do DEM e agora do União Brasil, não falam publicamente, mas ficam numa ‘saia justa’ com seus eleitores. Eles tem seu DNA político construído no centro democrático e na direita, portanto, mesmo tendo relações políticas republicanas com o novo governo de esquerda, precisa sinalizar aos seu eleitores que se trata de aliança administrativa e não de adesão política pura e simples. ACM Neto que é secretário-geral do União Brasil descartou a ideia ou interesse em cargo. O fato é que Bivar conseguiu irritar muita gente, incluindo governadores que apoiaram Jair Bolsonaro.

De volta à esquerda

No longo discurso de Lula na COP 27 nesta quarta-feira (16), ele sinalizou que vai cooperar outra vez com os países mais pobres, sobretudo da África. Não só, mas também “estreitar novamente relações com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos”, ou seja, Venezuela e associados.

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Aceno ao agro

Ao contrário das tensões provocadas no calor da campanha eleitoral pontuadas por críticas ácidas, Lula sinaliza ao agro que “temos 30 milhões de hectares de terras degradadas (…) e conhecimento tecnológico para torná-las agricultáveis. Não precisamos desmatar sequer um metro de floresta para continuarmos a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo”.

Iris não merece isso

Vice-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Clécio Alves (Republicanos), provoca uma baita confusão ao homenagear o ex-prefeito Iris Rezende com nome de uma das principais artérias urbanas da Capital. O projeto de sua autoria que muda o nome da Avenida Castelo Branco para Iris Rezende, além de provocar a ira dos comerciantes da região, gera desgaste à memória da maior liderança política de Goiás e seus familiares.

Ubiratan goianiense

Nesta quinta-feira (17), o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás, Ubiratan da Silva Lopes, recebe título de cidadão goianiense da Câmara Municipal de Goiânia. A iniciativa é do vereador Anselmo Pereira em reconhecimento aos serviços prestados pelo empresário e líder classista ao segmento das micro e pequenas empresas.

Tributar fortunas

Desde 2008 na discussão da reforma tributária, o PT tenta incluir a taxação sobre grandes fortunas como lei. A ideia novamente entrou no radar dos ideólogos do novo governo Lula às voltas com a escassez de recursos. Para o economista e professor, Júlio Paschoal esta é a única saída: tributar os mais ricos. “Isto deveria ter sido feito a muito tempo. No Brasil, só assalariado e a classe média, que não tem incentivos governamentais, pagam impostos”.