Coluna

Hora do diálogo com a metade e não do confronto

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 16 de novembro de 2022

O Brasil que emergiu das urnas resultou em uma população desunida pela metade, não só no campo ideológico, sobretudo na mistura de sentimento religioso e nacionalismo exagerado. Por isso, não basta só o eleito, reconhecidamente referendado pelo sistema como vitorioso, dizer que “são um bando de fascistas”, “perdeu seus manés” ou fazer cara de paisagem como tem feito Luiz Inácio Lula da Silva, ao ignorar o que está acontecendo. Enquanto isso, seus áulicos e associados jogam nitroglicerina no fogo e acirra a contenda. Parte da elite e da classe média brasileira representada por 96 milhões de eleitores que não votaram em Jair Bolsonaro e nem em Lula, estão em silêncio. Quase 32 milhões deles nem sequer votaram no primeiro turno, então, não dá para o ‘sistema’ fingir que a metade da população votante não está satisfeita com o resultado. É hora de esquecer a grosseria do derrotado em não reconhecer o resultado e olhar para a frente. Entender que a partir de 1º de janeiro de 2023, vai “governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim”, como registrou Lula em seu discurso logo após a vitória. Agora é juntar os cacos e conter a ala ideológica do PT e a esquerda de um modo geral. Tem muito gosto de sangue na boca e faca entre os dentes. É hora do diálogo e não de confrontos.

Brasil quer paz

Lula precisa urgentemente sinalizar aos brasileiros que desceu do palanque e que os discursos inflamados ficaram no calor da campanha. Pouca valia terá em unificar a outra metade desgarrada se continuar atacando Bolsonaro. O país que ele encontrou em 1º de janeiro de 2003 não é o de 2023. A direita mostrou sua cara e o Bolsonarismo não será abatido com “ferro e fogo” como quer o STF e a esquerda. O Brasil precisa de paz.

Continua após a publicidade

Tecnologia da China

Atento ao segundo mandato e disposto a avançar nos processos tecnológico no desenvolvimento do Estado, Ronaldo Caiado (UB) deve aproveitar sua ida a Europa trazer na bagagem ideias inovadoras na área de tecnologia. A China, por exemplo, é líder em tecnologia fotovoltaica, transporte ferroviário avançado e a maior reflorestadora do planeta, tudo que pode ser aplicado em Goiás.

Flávia pela Bia Kicis…

Na linguagem popular costuma se dizer que, ao perder uma eleição ou o poder, “cresce a grama na porta do perdedor”. Cessa romaria de visitas em busca de alguma benesse e desaparece todo mundo. Não é bem assim, mas já começa o troca a troca nos partidos. No DF, por exemplo, a até recentemente poderosa Flávia Arruda perde o PL para a deputada federal mais bem mais votada de Brasília, Bia Kicis. Ele será a nova comandante da sigla no DF.

… Vitor Hugo pela Magda

Valdemar Costa Neto, manda chuva nacional da legenda também teve conversa com a deputada federal por Goiás, Magda Mofatto e sinalizou para ela que, assim que concluir as negociações sobre a PEC dos R$ 600 do Bolsa Família, vai devolver o comando do partido em Goiás para ela. “Vitor Hugo deve ir para o governo de Tarcísio Freitas em São Paulo assim como Flavia Arruda.

“RRF não é amarra”

Um leitor da Xadrez sugere uma outra abordagem na nota principal da coluna desta terça-feira (15), onde enumera os desafios do governador Ronaldo Caiado (UB) a partir de 2023. Na referência à amarra do RRF que o governo aderiu, o leitor pontua que foi o contrário: “Não foi uma amarra, mas uma benção para os goianos e o governador. Sem a recuperação fiscal, não teria recursos nem para pagar a folha dos funcionários efetivos e aposentados, muito menos investimentos”.