Coluna Xadrez
Cotas para mulheres não ajuda na corrida pelo voto
Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 06 de setembro de 2022Elas são maioria do eleitorado com 53% de participação no país e em Goiás, representam 52,5% contra 47,5% dos homens. Mesmo com esta vantagem, a representação feminina no executivo e legislativo ainda é tímida. Nem a cota que reserva 30% das vagas nos partidos e igual porcentagem de acesso ao fundo partidário, contribui para estimular maior participação. Para o advogado especialista em Direito Eleitoral com atuação em Brasília, Paulo Goyaz “não basta ter assegurado o cesso no processo eleitoral por meio de cotas”. Paulo diz que “fazer política exige doação e sofrimento diário em busca do poder e precisa ter estômago para digerir traições e ataques dos adversários. A maioria das mulheres desistem dessa arena romana e não conseguem ultrapassar essa barreira natural”. Já o cientista político e professor licenciado da UnB, Paulo Kramer vai em outra vertente. “Elas continuam quebrando barreiras profissionais em muitas áreas antes reservadas aos homens, principalmente medicina, direito, jornalismo e engenharia. Na minha percepção, elas não entram em massa na política por ser uma atividade com uma má reputação terrível, tanto ética e até mesmo penal”. Um outro fato é que as mulheres estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, contribuindo com a renda familiar e na educação dos filhos. A atividade política priva o agente público de uma vida normal em família, por isso, além do machismo predominante, são desestimuladas a seguirem em frente.
Alego masculina
A cada legislatura, o número de mulheres goianas no Congresso e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) tem sido pequeno. Na legislatura atual, só tem as deputadas Lêda Borges (PSDB) e Adriana Accorsi (PT), ambas são candidatas a deputadas federais. Se forem eleitas, a Alego pode continuar tendo poucas vozes femininas se considerar os nomes que estão em disputa para deputada estadual.
Força dos prefeitos
Em nenhum momento da história política de Goiás, um governador teve tantos prefeitos apoiando a reeleição como a de Ronaldo Caiado (UB). Soma-se a eles, deputados estaduais, federais e candidatos ao Senado da base caiadista formando um exército pedindo votos. No Entorno de Brasília, colégio eleitoral que tem aproximadamente 850 mil eleitores, Caiado conta o apoio de todos os nove municípios que fazem fronteira com o Distrito Federal.
Pábio e Mangão
O prefeito de Valparaíso e presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília, Pábio Mossoro (MDB) e o de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), são os que mais promovem carreatas e apoios a Caiado no chamado Entorno Sul.
A força de Cruz
Historicamente, a Capital Goiânia sempre foi oposição ao governante de plantão. Na gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), aliado que enfrentou o partido para apoiar a reeleição de Ronaldo Caiado, este cenário de oposição mudou. Cruz tem sido ao lado de sua mulher, Telma Cruz – candidata a deputada estadual – o responsável por quebrar barreiras de oposição a Caiado e levar o nome do governador nos bairros mais distantes.
PP generoso
Candidatos do Progressistas no Distrito Federal não tem do que reclamar sobre recurso partidário. Foram destinados R$ 8,1 milhões para sua excelência correr atrás do voto, afinal, o partido quer eleger o maior número possível de deputados federais. O ex-deputado federal e ex-governador, Rogério Rosso recebeu, até agora, R$ 1,8 milhão sinal que ele será ‘puxador’ de votos.