Coluna

Dividido entre amarelo e vermelho, País pede paz

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 29 de outubro de 2022

De repente, tem-se a impressão que a democracia brasileira está em frenesi e o cidadão-eleitor atordoado caminha em busca de um messias. Não importa se ele for Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL). O que está em questão na cabeça de muitos não é o caminho que o País vai seguir, mas sim, defender seu pirão. O que deveria ser uma festa democrática, tornou-se um campo de guerra entre amarelos e vermelhos e no meio, um centro democrático pedindo paz. Saia vencedor Lula ou Bolsonaro a missão primordial será a mesma: juntar os cacos do que sobrar da festa democrática. Os partidos e seus agentes, cada vez mais desmoralizados, terão que colaborar na pacificação do País e de uma paz minimamente razoável. O perdedor e seus devotos, não vai deixar barato e muito menos deixar o vencedor saborear a vitória. O bolsonarismo é uma realidade e mostrou que não será destruído, esteja a esquerda no poder ou não. A direita deixou de ter vergonha de se definir como tal, muito menos ser domesticada pelo ‘politicamente correto’. Por sua vez, a esquerda vai manter o lulopetismo ativo culpando Bolsonaro por todos os malefícios que o País vive. “Ao vencedor, as batatas”, ou seja, aumentar os gastos sociais, qualificar a mão de obra, melhorar a geração de empregos e manter a inflação sob controle.

Se Lula vencer…

Caso Lula vença a eleição no domingo (30), o bolsonarismo não sairá da cena política brasileira, afinal, elegeu a maioria dos congressistas no Senado e na Câmara Federal. Dificilmente Lula – se for eleito – terá condições de fazer o que tem prometido aos eleitores. Outro desafio é a desconfiança do empresariado sobre o que vem por ai, mesmo com a adesão dos pais do Real, economistas Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida tendo declaro voto a Lula. 

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Direita civilizada

O filósofo Luiz Felipe Pondé conversa, neste sábado (29), com o jornalista Claudio Dantas no talks do portal de notícias Antagonista. Portador de inteligência e cultura filosófica singular, Pondé entende que “falta ao Brasil uma direita civilizada, que coma de garfo e faca”. Também não poupa a esquerda que “se encastelou em cursos de enologia e olha para os pobres de forma condescendente, no momento em que o país passa por uma revolução evangélica que tem o dom de lembrar à intelectualidade brasileira que ela não mora em Nova York”. Vale a pena conferir.

… ou Bolsonaro

Se Jair Bolsonaro for reeleito, ele terá um Congresso, em tese, favorável já que seu partido, O PL conta com 100 deputados federais e 14 senadores. Segue o União Brasil, com 59 deputados e PP 47 mais alguns emedebistas pró-Bolsonaro entre outras legendas menores identificadas com o presidente. Esse capital político dá uma grande garantia para que as reformas sejam implementadas, sendo a tributária, a mais importante.

Demandas do Entorno…

Na quinta-feira (27), o governador Ronaldo Caiado (UB) recebeu os prefeitos de Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB), Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL) e de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP) para tratar do projeto de Lei que será votado pela Alego, propondo criar a Região Metropolitana de Brasília (Rembra). Na audiência também foi discutido um dos principais desafios da região: o transporte urbano entre o Distrito Federal e o Entorno.

… por transporte Uma das demandas mais urgentes, mas que passa pela criação da Rembra, é uma solução para o deficiente e caro transporte urbano entre as cidades da região e Brasília. A proposta é criar uma Companhia Metropolitana de Transportes Integrados (CMTI), nos moldes do que é feito em Goiânia e os municípios vizinhos.