Euforia do “já ganhou” pode surpreender Lula e aliados

A democracia se fortalece nos momentos eleitorais quando a massa expressa seu ponto de vista, tanto sobre os que estão no poder, quanto aos pretendentes a desbancá-los. O voto representa a crença de que o futuro pode ser melhor do que o passado e que o presente, merece ou não mais quatro anos à frente dos negócios de Estado. Nesse jogo democrático, vencer o adversário é a meta, mas o arsenal de combate deve ser eficiente, começando pela construção de narrativas robustas. Uma das ferramentas mais usadas para criar narrativas eficientes, tão ao gosto da militância e devotos partidários, são as pesquisas. Odiadas, exaltadas e menosprezadas, dependendo do resultado auferido, elas são as estrelas de toda eleição. Nesta disputa presidencial polarizada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os institutos de pesquisas estão no centro das discussões políticas. Para os devotos de Lula e aliados, ele ganha no primeiro turno conforme a maioria das pesquisas. Este otimismo dos lulopetistas é sustentado pelas pesquisas e os de Bolsonaro pelo denominado “data povo”. Bolsonaristas estão convictos que o “já ganhou” estimulado pela mídia e aliados de Lula, serão surpreendidos com o resultado. Esta certeza é corroborada pelas agências de investimentos que tem estudos apontando um resultado incerto, tanto pode sair vencedor Bolsonaro ou Lula.

Voto envergonhado…

Ultimamente ganhou fôlego entre cientistas sociais, a tese que eleitores de Jair Bolsonaro (PL) ou de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem em comum, o fato de serem “voto envergonhado”. Ou seja, o lulista tem vergonha em declarar-se eleitor de Bolsonaro por ser ele execrado pela mídia como “genocida” e “negacionista”. Por sua vez, o bolsonarista intencionado em votar em votar no Lula, esconde por ser ele do PT, legenda acusada de “roubalheira no país”. Esse cidadão-eleitor desconhecido pode ser determinante no resultado para presidente.

Cautela dos rentistas

Contrariando as pesquisas que apontam Lula praticamente eleito no primeiro turno, agências gestoras de fundos de investimentos, avaliam um quadro diferente. A disputa polarizada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula (PT), terá um resultado apertado.

Pé atrás

Em artigo para a Bloomberg, Felipe Saturnino mostra que agências como a Legacy Capital, a ACE Capital e Kapitalo Investimentos com quase R$ 60 bilhões investidos, recomendam aos seus clientes cautela sobre as pesquisas. A ACE por exemplo, divulgou carta dizendo que, desde as eleições de 2002, há uma diferença “bastante significativa” entre o que dizem as sondagens e o que mostra a apuração de primeiro turno.

Baldy protetor

O candidato ao Senado, Alexandre Baldy (PP), caso seja eleito, desembarca no Senado com um projeto diferente focado na proteção dos animais e, por extensão, fauna e a flora. Por meio de lei, Baldy propõe responsabilizar e punir “práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”.

Silvano deputado

Candidato a deputado estadual, Professsor Silvano (PT) por Valparaíso e “também do presidente Lula”, juntamente com o candidato a governador de Goiás, Wolmir Amado (PT), promovem uma carreata por cidades do Entorno Sul. Além de Wolmir Amado e Silvano, participa a candidata ao Senado, Denise Carvalho (PCdoB). Ex-vereador por quatro vezes e candidato a prefeito, Silvano é tido como uma das mais importantes lideranças do Entorno no campo de esquerda.