Coluna

Guinada à esquerda do Cidadania pode implodir federação com PSDB

Publicado por: Wilson Silvestre | Postado em: 29 de dezembro de 2023

O que era para ser um casamento político duradouro até 2026 entre PSDB e o Cidadania, celebrado com as bençãos do TSE na forma contratual de federação partidária, tende a virar divórcio litigioso sob a alegação de incompatibilidade ideológica. Se tomar como referência o que aconteceu no Distrito Federal, onde a direção nacional do Cidadania afastou a deputada distrital Paula Belmonte da direção local, pode influenciar outros Estados. O novo presidente do diretório brasiliense, Marcelo Aguiar, tem como missão direcionar a legenda para uma aliança com o PDT e PSB, mais de centro-esquerda, portanto, próxima do presidente Lula. Diferente da deputada que buscava mais a centro-direita, no mesmo passo que o PSDB de Goiás busca para as eleições de 2024. A renúncia da presidência e a desfiliação de Gilvane Felipe do Cidadania não são fatos isolados, pois refletem uma tendência que afastou o histórico presidente da legenda, Roberto Freire, que estava há 30 anos à frente da direção. Diante desse movimento, é possível que em Goiás ocorra um abalo sísmico, não com a intensidade de uma intervenção no Cidadania, mas uma aliança com PSD de Vanderlan Cardoso. Não é a mesma fórmula que a executiva nacional do Cidadania gostaria, de PSB, PDT e Cidadania, que só será possível depois de 2026. Até lá, caso a Justiça arbitre, vão conviver aos tapas na mesma camisa de força da federação.

DNA do velho ‘Partidão’

Para entender um pouco esse ‘jacá de siri’ em que se encontra o Cidadania, tem que fazer uma viagem ao passado para entender a legenda nos dias de hoje. Alguns partidos de esquerda saíram da ‘costela’ do velho Partido Comunista Brasileiro, o Partidão, entre eles o PCdoB. O que sobrou originou o PPS, que virou Cidadania. Portanto, as rusgas internas não são por conflitos ideológicos, mas, sobretudo, por acesso à arca do fundo partidário.

Continua após a publicidade

Rose está de volta

Ex-vereadora, ex-deputada estadual e ativista política, Rose Cruvinel está de volta ao corpo a corpo eleitoral. Pressionada por amigos e antigos colaboradores, Rose Cruvinel vai disputar uma vaga de vereadora na Câmara de Goiânia. No currículo, muitas ações em favor da população mais vulnerável e a luta por moradia.

Mundim, o aliado

Eleito presidente da Câmara de Vereadores de Formosa, Edmundo Nunes Dourado, o Mundim (Podemos), não hesita quando perguntado sobre quem apoia para candidato a prefeito de Formosa: “O empresário rural e urbano Brasil Júnior. Além de ser um bom amigo, é uma pessoa íntegra e, se eleito, fará uma excelente gestão”.

Equatorial e Cemig

Depois de uma longa demanda na Justiça e ter duas decisões favoráveis ao Assentamento Poço Grande/Três Bicas, no município de Cristalina, a Equatorial garantiu à Xadrez que está prestes a fechar um acordo com a Cemig para construir a linha de transmissão de energia do assentamento.

Demanda antiga

São 50 famílias que vivem no assentamento e lutam há anos para que a rede elétrica chegue às suas propriedades. “Desde a antiga Celg, passando pela Enel e agora Equatorial, que tentamos resolver essa demanda”, conta o vereador de Cristalina, Hernani da Saúde. (Especial para O Hoje)