Coluna

Iris Rezende diz estar “tranquilo” sobre eleição na Câmara

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 03 de dezembro de 2018

Com articulação iniciada na última semana e intensificada
nos últimos dois dias, o prefeito Iris Rezende (MDB) afirma estar tranquilo
sobre o resultado da eleição que escolherá o próximo (a) presidente da Câmara
Municipal, que ocorre nesta terça-feira (4). O prefeito já conta com auxílio de
articuladores ligados ao governador eleito Ronaldo Caiado (DEM), como o
ex-deputado Samuel Belchior (MDB) e o vice-governador eleito Lincoln Tejota
(PROS), mas ainda luta contra a consolidação de grupo independente que reúne 23
vereadores em torno dos nomes de Rogério Cruz (PRB), Romário Policarpo (PTC) e
Welington Peixoto (MDB). “Os vereadores estão conscientes da responsabilidade
da Casa e estou tranquilo, certo de que a Câmara vai fazer, como fez da vez
anterior, e escolher um presidente à altura”, acredita, lembrando da eleição,
há dois anos, de Andrey Azeredo (MDB), que agora é candidato à reeleição. Andrey
acredita que insatisfações no grupo adversário poderão levar votos para sua
base até a votação amanhã.

Força do Paço

Continua após a publicidade

Questionado sobre a possibilidade de que o novo presidente
seja nome que hoje compõe a base de apoio na Câmara, Iris confirma as conversas
e diz que se esforça para que o resultado seja favorável.

Relação

“Eu me esforço (para que o presidente seja da base).
Facilita demais o relacionamento entre a instituição Câmara e a instituição
prefeitura. É inadmissível que não sejam levados pelo espírito público”, define
o prefeito.

Prefeitos esperam
correções

Depois de constantes manifestações em Brasília desde
governos FHC, Lula, Dilma e Temer, com pauta prioritária pela revisão do pacto
federativo e reforço dos caixas locais, prefeitos goianos agora se mostram
otimistas com as perspectivas apresentadas pelo presidente eleito, Jair
Bolsonaro (PSL). Ao menos para corrigir distorções pontuais que têm prejudicado
decisivamente as contas municipais. “É uma sangria para os municípios. Há 18
anos o governo federal colocava R$ 10,6 mil mensais para o programa de Saúde da
Família e os pequenos municípios, de 20 mil habitantes, tinham contrapartida de
R$ 7 mil. Hoje, a União coloca os mesmos R$ 10,6 mil e os prefeitos têm de
pagar R$ 40 mil. Além disso, no programa de merenda escolar, o pagamento é de
R$ 0,36 por dia, por aluno. Não dá pra comprar um pão”, cita o presidente da
Federação Goiana dos Municípios, Haroldo Naves. “Estamos extremamente
esperançosos (com o governo Bolsonaro) para que ele coloque em prática o
slogan: Mais Brasil, Menos Brasília”. Tomara.

CURTAS

Chegada – Até a
última semana, 9 profissionais pelo novo edital do programa Mais Médicos se
apresentaram para vagas no interior de Goiás.

Tem mais? – Ao
todo, são 224 vagas e o prazo oficial para a apresentação dos inscritos nos
locais de trabalho é nesta segunda-feira (2).

Mundial – Os
professores UFG, Luísa Carvalheiro e Robert Colwell, estão na lista dos
pesquisadores mais influentes do mundo, da “Highly Cited Researches 2018”.

Reforço

Além da articulação do governador José Eliton (PSDB),
empresários que desejam manter os incentivos fiscais como estão passaram a
contar com o trabalho do senador eleito, Vanderlan Cardoso (PP), e do futuro
presidente da FIEG, Sandro Mabel (MDB).

Dificuldade

Mas a base de Ronaldo Caiado, que pretende reduzir regalias
e distorções, como os créditos outorgados, mantém maioria na Assembleia
Legislativa. O senador retomou conversas ontem e terá mais reuniões hoje, antes
da votação de amanhã.

Critérios

Novo decreto presidencial apresenta regras mais criteriosas
para a extinção de estatais. A definição chega quando o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, promete reduzir drasticamente o número de empresas públicas.

Caminho

A partir de agora, o Ministério do Planejamento acompanhará
a liquidação das empresas e o Ministério da Fazenda deve propor a mudanças ao
Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, com estudos que justifiquem
a extinção.

Aparelhamento

Para acabar com ingerências políticas nas agências
reguladoras, militares indicados para postos-chave na equipe de Bolsonaro estudam
reduzir competências dos órgãos reguladores e até destituir conselheiros de
seus mandatos.

Decretão

Uma das propostas é baixar um decreto logo no início do novo
governo retirando das agências competências que passariam para os ministérios. Outorgas,
licenças, regulamentações, editais. Tudo voltaria para os respectivos
ministérios.