Silêncio de Lula sobre invasões põe em alerta bancada da FPA

O esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aplainar arestas no campo conservador, mais precisamente do Congresso, tende a entrar em compasso de espera. O silêncio de Lula e de seu entorno em não condenar as invasões de fazendas na Bahia e, principalmente no Pontal do Paranapanema, São Paulo, acendeu luz amarela na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) e em muitos sindicatos rurais espalhados pelo País. Em Goiás, a vice-presidente da FPA para a região Centro-Oeste, deputada federal Marussa Boldril (MDB), teve uma série de reuniões durante a última semana na Câmara com lideranças do agronegócio e parlamentares, objetivando uma busca política junto ao Governo Federal, para resolver a situação. A palavra de ordem do movimento dos Sem Terra é: “Derrubem-se as cercas que cercam as terras – MST rumo aos 40 anos” dá uma mostra do que vem por ai. O assunto é tão complicado que o entorno do presidente Lula, debruçou em reuniões neste domingo (5), em busca de uma saída. Avaliam que o MST pode minar a confiança do agro no governo e, numa conta pessimista, estimular os radicais da direita a baterem bumbo. Parlamentares ligados ao PT, garantem que o governo Lula não aprova essas invasões, mas o silêncio do presidente e sua promessa que governaria com todos e para o país, incomoda o centro e a centro-direita que pode “buscar um novo Bolsonaro mais articulado e soterrar o sonho do PT em permanecer mais tempo no Planalto”, diz um deputado federal de Goiás.

À espera dos 100 dias

Deputados do PL e também de outras siglas conservadoras, acreditam que o presidente Lula não vai conseguir unir o país. Assim, passados os tradicionais 100 dias de tréguas que os governantes tem para mostrar a que veio, Lula não terá conseguido. Ai, é hora da volta de Jair Bolsonaro. Enquanto isso não ocorre, Lula sofre para conquistar maioria no Congresso, principalmente na Câmara, onde quem manda é o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A conferir

Marussa Boldrin

Por inciativa da deputada federal por Rio Verde, Marussa Boldrin (MDB) foi proposta a recriação da Frente Parlamentar Mista das profissões do Sistema Confea/Crea. “Como engenheira agrônoma e deputada federal, vou lutar para que os projetos que atendam os profissionais ligados à profissão de engenheiro, sejam debatidos no Congresso”, garante Marussa.

PSDB se articula

Os tucanos querem virar a página de derrotas e falta de um programa que empolgue a população. “Em maio vamos eleger o diretório nacional e discutir qual é a cara que o PSDB vai mostrar à sociedade, mas também levantar bandeiras sintonizadas com a sociedade”, diz o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Enquanto não encontram o caminho, voltam a negociar a federação partidária com o Cidadania e o MDB.

Secretária do Entorno

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) passou o seu primeiro mandato sem ter um representante no Entorno do Distrito Federal na equipe, mas nesta sexta-feira (3), enfim, nomeou Maria Caroline Fleury de Lima como secretária da região. Maria Carolina é uma técnica, mas articulada politicamente, tanto que seu nome foi levado ao governador Caiado pelo prefeito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), amigo da ex-deputada federal pelo DF, Flávia Arruda (sem partido).

Zeli Fritsche SD

Com a fusão entre o Solidariedade e o PRTB, o diretório municipal do partido em Valparaíso será comandado pela deputada estadual, Zeli Fritsche. Ligada ao prefeito Pábio Mossoró, Zeli vai reorganizar a legenda e ampliar o número de filiados.