Coluna

UFG pretende homenagear ex-presidente Lula com título

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 17 de abril de 2018

Mesmo preso desde o dia 7 de abril, o ex-presidente Luís
Inácio Lula da Silva, teve aprovada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) a
concessão do título de doutor honoris causa. O petista cumpre pena na sede da
Polícia Federal (PF), em Curitiba, depois da condenação em segunda instância
pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A iniciativa em conceder a
honraria ao petista partiu dos Conselhos Diretores da Faculdade de Ciências
Sociais (FCS) e do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da UFG, que
aprovaram a submissão do pedido ao Conselho Universitário (Consuni) da
instituição durante a última reunião. Abaixo-assinado digital feito por docentes,
corpo técnico, egressos e estudantes não partiu do reitor Edward Madureira, que
foi filiado ao PT e disputou a eleição para deputado federal em 2014 pelo
partido. O pedido aponta que Lula apresenta “um vasto rol de iniciativas em
favor do aprimoramento das artes, das letras, da filosofia e das ciências” e que
“proporcionou a criação de 14 novas universidades federais e 126 novos campi no
Brasil”.

Partidário

Continua após a publicidade

Além do caráter técnico, sobre o desenvolvimento da educação
superior, os funcionários da UFG ainda defendem o discurso petista de “defesa
da democracia” e à “defesa dos direitos humanos como princípio constitutivo da
instituição”.

Como é?

O abaixo assinado alega que o ex-presidente foi “vítima de
insofismáveis e patentes violações dos seus direitos fundamentais”, fazendo
referência à condenação do petista no caso do tríplex de Guarujá.

Benefício à oposição

Teve início ontem a obra de revitalização do Córrego
Pirapitinga, na região central de Catalão. O empreendimento só saiu do papel devido
ao empenho pessoal do deputado federal Daniel Vilela (MDB), apesar das
divergências políticas com o prefeito da cidade, Adib Elias (MDB). O prefeito
questiona diretamente a pré-candidatura do parlamentar e defende o nome do
senador Ronaldo Caiado (DEM). “Trabalhamos muito para mostrar ao ministro
Helder Barbalho e aos técnicos do Ministério da Integração Nacional a
necessidade da obra. Foram diversas audiências, os levamos a Catalão e
mostramos que não dava mais para aquela região continuar vivendo constantes
alagamentos. Esse trabalho permitiu com que os recursos fossem liberados com
celeridade”, afirma Daniel Vilela. Sobre o relacionamento em Catalão,
Daniel mantém que a maioria do MDB apoia a candidatura própria e que os
caiadistas seguem isolados. “Quando defendemos uma política de resultados,
acima de picuinhas partidárias e interesses pessoais, não é só discurso, é a
nossa prática”.

CURTAS

Trabalho – A obra
em Catalão está orçada em R$ 20,7 milhões e será realizada com recursos do
governo federal. Houve também participação de Alexandre Baldy (PP).

Habitação – O
Ministério das Cidades divulgou a primeira lista de municípios no programa
Cartão Reforma. Ao menos 8 mil famílias serão atendidas em 47 cidades.

Produção local
A FGM realiza de 04 a 06 de julho no Goiânia Arena a “Expo Municípios”. O
lançamento do evento ocorre na segunda-feira (23).

Na pauta

Depois do pedido de urgência da procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, o STF marcou para hoje o julgamento da validade da
decisão do ministro Dias Toffoli, que suspendeu a inelegibilidade do ex-senador
Demóstenes Torres (PTB).

Condições

Se a decisão for mantida, Demóstenes poderá concorrer a um
cargo eletivo nas eleições deste ano. O petebista já conta com a manutenção do
entendimento e intensificou nos últimos dias a rivalidade com a senadora Lúcia
Vânia (PSB) na base.

Proximidade

Demóstenes não tem deixado de acompanhar o governador José
Eliton (PSDB), de quem é amigo próximo, em todos os eventos de governo. Lúcia
Vânia tem observado os movimentos do adversário sem respostas públicas. Ainda.

Iniciativa privada

O ministro Carlos Marun afirmou após reunião com Eduardo
Guardia (Fazenda), que o governo elabora novo decreto “ou algo semelhante” para
que a privatização da Eletrobras não tire do Congresso a decisão final sobre o
processo.

Independência

“Algum tipo de dispositivo que deixe claro que o objetivo é
a continuação das avaliações visando a capitalização da Eletrobras, e não qualquer
tentativa de suplantarmos a posição do Congresso Nacional a respeito do
assunto”, afirmou.

Tucano e gaiola

Raquel Dodge voltou a pedir que o STF receba integralmente a
denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e outras três pessoas. O
posicionamento consta em um memorial enviado ontem aos ministros da Corte.