Dívida do Hospital Araujo Jorge chega a R$ 40 milhões

Associação de Combate ao Câncer confirma que hospital segue sem receber verbas

Postado em: 28-04-2017 às 09h30
Por: Sheyla Sousa
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Associação de Combate ao Câncer confirma que hospital segue sem receber verbas

Wilton Morais 

A diretoria da Associação de Combate ao Câncer de Goiânia (ACCG), responsável pela direção do Hospital Araújo Jorge, informou que a crise financeira no hospital referência no tratamento de câncer em Goiás, continua. O problema financeiro se permeia há quase um ano, desde quando a crise financeira se iniciou em agosto de 2016.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia esclarece que, na atual gestão, não há atraso nos repasses para a Associação de Combate ao Câncer de Goiânia (ACCG), responsável pelo Hospital Araújo Jorge.

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A situação do Hospital, conforme prestação de contas da ACCG, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás continua deficitária. Com dificuldades de manter o funcionamento, alguns dos departamentos principais da unidade estão com os serviços comprometidos. A ACCG fechou o ano de 2016 com um superávit de R$ 1,2 milhão. Mas a dívida da entidade está em R$ 40 milhões.

Para a presidência da associação, a situação de administração é complicada e de difícil administração. A Prefeitura continua a não realizar os repasses. Sem a contribuição, o hospital está sobrevivendo da prestação de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e de emenda do governo estadual, além de doações.

Em agosto do ano passado, quando o Araújo Jorge quase fechou as portas, um abraço entorno do hospital mobilizou dezenas de pessoas que se sensibilizaram com a situação crítica. À época mais de 500 pessoas estiveram presentes no ato. Nas redes sociais, a população auxiliou a movimentação com a campanha #SomosTodosACCG.

Atrasos 

Atualmente o atraso dos repasses, por parte da Prefeitura, é de até três meses. Mesmo assim, a demanda pelo atendimento na entidade referencia ao tratamento de câncer continua de forma intensa. Se considerado desde 2012, quando a dívida era de R$ 74 milhões, houve redução pela metade, até este ano. 

A quantidade de procura por atendimento de 2015 para 2016 aumentou em média 600 pacientes nesse período. Ao todo o número foi de 46 mil pacientes. Além disso, houve aumento de mil procedimentos realizados, entre cirurgias, radioterapia, quimioterapia e consultas.

Por se tratar de uma instituição privada, filantrópica e sem fins lucrativos, a ACCG, mantenedora do Araújo Jorge é obrigada a atender no mínimo 60% de pacientes do SUS. A entidade também administra a Unidade Oncológica de Anápolis (UOA) e o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP). 

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