Dia das Crianças deve marcar de vez retomada do varejo

Deixar as compras para última hora pode estourar orçamento e trazer frustração

Postado em: 11-10-2021 às 09h03
Por: Redação
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Deixar as compras para última hora pode estourar orçamento e trazer frustração | Foto: Reprodução

Por Alzenar Abreu

O Dia das Crianças deve marcar de vez a retomada da economia para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO). Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) reforça essa projeção e indica que a data tende a movimentar R$ 260 milhões em vendas no comércio varejista de Goiás. A FCDL-GO avalia que, a exemplo do ano passado, roupas e calçados, bonecos/bonecas e jogos de tabuleiro/educativos devem ser os itens mais procurados para presentear os pequenos amanhã (12).

Para o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro, ao contrário de 2020, quando as vendas se deram majoritariamente pela internet, em função do isolamento social, as compras presenciais, nas lojas físicas, tendem a retomar a popularidade que tinham antes da pandemia. E isso deve ocorrer, principalmente, em razão do avanço na vacinação e da baixa nos indicadores da Covid-19.

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A expectativa é de que os consumidores não vão deixar de gastar com as crianças. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 72% dos consumidores devem ir às compras. A expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,87 bilhões no País, com gasto médio previsto de R$ 209 por presente.

Mesmo com os efeitos da pandemia, o percentual daqueles que irão realizar compras na data não mostrou diferença em comparação ao ano passado (73,3%). O presidente da CNDL, José César da Costa, diz que o Dia das Crianças é uma importante data para o comércio, que possibilita entender as tendências das compras de final de ano.

Variação de preço

O dia 12 de outubro é uma das datas mais esperadas pelas crianças. E é na comemoração dos pequenos que pais e familiares devem ficar atentos aos preços e pesquisar em diversas lojas. Na correria pelas compras, a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO) já se antecipou e pesquisou preços em 27 lojas de brinquedos com variação de até 84,55%. 

Entraram na pesquisa bicicletas, jogos, bonecas, bonecos e eletrônicos. A equipe do Procon visitou lojas localizadas em shoppings, comércios de Campinas e no Centro da cidade. O item que apresentou maior variação (84,55%) foi o personagem do filme Homem de Ferro. O produto pode ser encontrado de R$ 69,90 a até R$ 129, diferença de R$ 59,10.

Já as bonecas apresentaram variação a partir de 83,36%. As bicicletas oscilaram em 81,30%. Outra opção muito procurada para desviar a turminha dos eletrônicos são os jogos de tabuleiro. Vale a pena investir no brinquedo porque a variação foi pequena de 8, 70%.

Consumidor precisa ficar atento

Para o presidente do Procon Goiânia, Gustavo Cruvinel, é fundamental que o consumidor possa escolher a melhor opção de compra e pagamento. “A pesquisa por parte dos pais é importante porque pode evitar gastos desnecessários. Importante o consumidor também exigir a nota fiscal, pois nos casos de defeitos eles terão como reivindicar seus direitos”, aponta.

No caso das compras virtuais, o Procon Goiânia orienta que o consumidor fique atento aos prazos de entrega, bem como às possíveis alterações do preço do momento de inserção do produto ao carrinho até o pagamento. O consumidor pode desistir em até sete dias a partir da efetuação do pedido ou recebimento do produto.

Fiscalização

O Procon Goiânia fiscaliza lojas de brinquedos para orientar proprietários e vendedores sobre os direitos do consumidor. Além de coibir irregularidades. Os fiscais checam se os preços dos produtos estão com a precificação correta nas embalagens e vitrines. Caso as lojas não obedeçam ao que determina o Código de Defesa do Consumidor, os estabelecimentos são autuados e as multas variam de R$ 700 a R$ 10 milhões.

Adriana Silveira de Araújo diz que passou em várias lojas no Centro da cidade e percebeu que muitos produtos ficaram cerca de 50% mais caros com relação aos valores do ano anterior. Ela escolheu vários carrinhos e bonecas para agradar as crianças da igreja que frequenta. “É preciso andar bastante para garantir preços bons e produtos de qualidade para os pequenos”, diz.

Fabiana Afonso compra no atacado para loja em que atua. “Este ano, a movimentação está melhor do que no ano passado. Eu espero vender mais produtos, apesar da crise”, diz.A gerente de loja de brinquedos Sidnéia Moura diz que já garantiu 30% a mais no volume do estoque. Estamos otimistas de que esse ano será mais promissor para o nosso segmento. Como as pessoas estão podendo se ver mais, parentes se encontrando, a busca por se reunir tende a crescer gradualmente. E a troca de presentes no Dia das Crianças, com certeza, vai ser mais animada”, afirma. (Especial para O Hoje)

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