Crianças entre 5 e 11 anos serão vacinadas contra a Covid-19 a partir do dia 17 em Goiás

A imunização deve ocorrer em ordem decrescente de idade e não irá exigir prescrição médica

Postado em: 07-01-2022 às 08h44
Por: Daniell Alves
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A imunização deve ocorrer em ordem decrescente de idade e não irá exigir prescrição médica | Foto: Reprodução

A partir do dia 17 de janeiro, as crianças entre 5 e 11 anos já devem começar a ser imunizadas contra a Covid-19 em Goiás. O anúncio foi feito pela Superintendente substituta de Vigilância em Saúde de Goiás, Cristina Laval. A vacinação deve ser realizada caso não ocorra atraso por parte do Ministério da Saúde (MS) na distribuição dos imunizantes.

De acordo com a superintendente, na primeira etapa, o Estado deve receber até o fim deste mês cerca de 3,5% do quantitativo total de doses destinadas para o Estado. Há em torno de 700 mil crianças nesta faixa etária, informou Cristina.

A imunização deve ocorrer em ordem decrescente de idade (a partir de 11 anos) e não irá exigir prescrição médica, antecipa o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino. A medida é diferente da recomendada pelo MS, que orienta a imunização por critério de comorbidades. No último mês, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recomendou a vacinação em criança mediante prescrição médica e consentimento dos pais. O imunizante da Pfizer já foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado a essa faixa-etária.

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De acordo com ele, a orientação é que o imunizante não seja aplicado de modo compulsório. “E essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece a todas as orientações da Anvisa”, aponta o ministro. Porém, o secretário Ismael explica que, em caso de vacinação com prioridade para crianças com comorbidades, o processo seria atrasado, enquanto a intenção é imunizar o maior número possível de crianças o mais rápido possível.

“Se a gente coloca um critério a mais, muitas pessoas que sequer tem o laudo da comorbidade terão que ir novamente à unidade básica de saúde e isso vai sobrecarregar o sistema. Enquanto a pessoa está correndo atrás desse laudo, já descemos a idade e chegamos na idade da pessoa”, explica.

Aulas presenciais

Entre as principais preocupações da Saúde neste momento é o retorno das aulas. Mesmo que as crianças sejam inferiores com menor risco, um aumento descontrolado de casos pode levar a complicações para os pequenos e também para o sistema de saúde como um todo, avalia Ismael.

O início do ano letivo de 2022 será no dia 19 de janeiro. A orientação é que, a partir desta data, todas as escolas da rede pública estadual de Educação retomem as aulas presenciais de forma integral e universal. Para garantir um retorno seguro, as equipes escolares e estudantes deverão continuar cumprindo rigorosamente os protocolos de biossegurança e as normas definidas pelos órgãos de saúde em relação à Covid-19. Dentre as normas, o uso de máscara durante o período de permanência na escola segue obrigatório.

Cobertura vacinal

Com relação à porcentagem da cobertura vacinal, ainda não é considerada o suficiente “Quanto menos se vacina, mais tem possibilidade do vírus se multiplicar e apresentar variações e mutações. A vacinação não é um ato individual, ela só faz sentido na coletividade.  Vacinamos para diminuir a contaminação e para que as pessoas contaminadas tenham um quadro menos agravado”, reforça.

Ômicron

Atualmente, o Estado soma mais de 60 casos confirmados da nova variante do coronavírus, com transmissão comunitária. De acordo com sequenciamento genômico feito pelo Estado, a cepa ainda não é a predominante em Goiás. Entretanto, o cenário pode mudar em pouco tempo. “A Ômicron tem uma capacidade de transmissão muito grande. Felizmente, com papel da vacina também, ela tem demonstrado menor agravamento e menor letalidade”, avalia Ismael.

Segundo o MS, evidências científicas apontam que a variante Ômicron possui um índice de transmissibilidade maior que as outras, mas não há estudos comprovados sobre a sua severidade e nem sobre a resposta vacinal contra a nova variante.

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