Tempo seco aumenta riscos de bronquiolite

Primeiros sintomas da doença são coriza, tosse e não necessariamente, febre. A criança também pode apresentar respiração rápida e superficial

Postado em: 24-09-2017 às 10h30
Por: Victor Pimenta
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Primeiros sintomas da doença são coriza, tosse e não necessariamente, febre. A criança também pode apresentar respiração rápida e superficial

É comum o aparecimento de doenças respiratórias, ainda mais em
crianças e recém-nascidos, com o tempo seco deste final de inverno. Uma
preocupação é a bronquiolite, infecção nos pulmões frequentemente causada pelo
vírus sincicial. A pediatra Dra. Claudia Fenile, do Hospital e Maternidade São
Cristóvão, explica que “a doença gera um inchaço e acúmulo de muco nos
bronquíolos, minúsculas vias respiratórias no interior dos pulmões, ocasionando
um estreitamento das vias respiratórias, o que torna a respiração mais difícil”.

Os primeiros sintomas da bronquiolite são coriza, tosse e não
necessariamente febre, segundo a pediatra. A criança com a doença também pode
apresentar respiração rápida e superficial, retrações em diafragma e no
pescoço, alargamento de narinas, aumento de irritabilidade, cansaço, perda de
sono e de apetite. 

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“Apesar dos sintomas serem parecidos com o de um resfriado, os
vírus causadores são diferentes, além de o resfriado ser uma infecção das vias
respiratórias superiores”, esclarece Dra. Claudia.

A especialista alerta que a forma mais eficaz de reduzir a
transmissão é lavando as mãos, visto que a bronquiolite é uma doença contagiosa.
Outras dicas são evitar contato com pessoas infectadas, sobretudo se tiver
criança com menos de três meses de idade, e higienizar os brinquedos que são
partilhados e levados à boca.

Para tratar, é importante não deixar a criança exposta em
ambientes frios e, ao deitá-la, manter sempre a cabeça mais elevada. “A
bronquiolite dura o ciclo do vírus que pode durar dias ou até semanas”. A
pediatra indica que, durante esse período, a pessoa infectada deve fazer
tratamentos que a ajudem a respirar, “como oxigenioterapia e fisioterapia
respiratória, além de alguns medicamentos que diminuem o inchaço dos brônquios
e hidratação”.

Geralmente, a doença atinge crianças com até dois anos de idade,
sendo que os prematuros são os que têm maiores chances de contrair o vírus. A Dra.
Claudia destaca a importância do tratamento da bronquiolite, visto que, se não medicada
corretamente, gera risco de vida. A patologia “pode evoluir para uma
insuficiência respiratória ou, devido à queda de imunidade, pode abrir caminho
a infecções secundárias, causadas por bactérias, como uma pneumonia”.  

Foto: Reprodução

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