Medicamento diminui risco de complicações cardíacas em pacientes de alto risco

Anacetrapibe também se mostrou eficaz em reduzir o colesterol LDL em 41% e aumentar o HDL em 104%

Postado em: 24-09-2017 às 11h00
Por: Victor Pimenta
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Anacetrapibe também se mostrou eficaz em reduzir o colesterol LDL em 41% e aumentar o HDL em 104%

Um estudo publicado recentemente com o medicamento anacetrapibe,
do laboratório Merck Sharp and Dohme (MSD), mostrou resultados positivos para a
diminuição de complicações cardíacas em pacientes de alto risco, que já possuem
a doença cardiovascular estabelecida. Os resultados foram apresentados no fim
de agosto, durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e publicado
simultaneamente no The New England Journal of Medicine.

Durante quatro anos com mais de 30 mil pacientes, o estudo
REVEAL demonstrou que o medicamento, associado ao tratamento padrão com
atorvastatina, reduz o risco de eventos coronarianos (nos principais vasos
sanguíneos do coração), como morte coronariana, infarto do miocárdio e
procedimentos de revascularização coronariana em 9% em comparação ao placebo
(10,8% vs 11,8%, respectivamente). O medicamento também se mostrou eficaz em
reduzir o colesterol LDL em 41% e aumentar o HDL em 104%.

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“Apesar dos avanços no tratamento nos últimos anos, os
pacientes com doença cardiovascular continuam tendo riscos de desenvolver
complicações cardiovasculares. Estamos satisfeitos que a adição de anacetrapibe
à terapia com estatina se mostrou eficaz em reduzir os principais eventos
coronarianos”, disse o Dr. Roy Baynes, Vice-presidente Sênior e Chefe de
Desenvolvimento Clínico da Merck Research Laboratories.

Diante dos resultados do estudo REVEAL com o medicamento
anacetrapibe, a MSD está analisando a possibilidade de solicitar o registro do
medicamento ao Food and Drug Administration (FDA) e outras agências
regulatórias.

O REVEAL é um estudo duplo-cego randomizado e controlado com placebo, feito com 30.449 pacientes adultos com doença vascular aterosclerótica. Ele foi desenvolvido e conduzido de forma independente por
pesquisadores da Unidade de Serviço de Ensaios Clínicos da Universidade de
Oxford.  

Foto: Reprodução

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