Programa Cinturão da Moda quer impulsionar setor em 30 municípios goianos

Programa projeta que sejam criados mais de mil novos postos de trabalho com a implantação da proposta

Postado em: 10-02-2022 às 09h17
Por: Maiara Dal Bosco
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Programa projeta que sejam criados mais de mil novos postos de trabalho com a implantação da proposta | Foto: Reprodução

Com o objetivo de levar para 30 pequenos municípios o modelo de negócios já frutífero da Região da 44, em Goiânia, foi lançado ontem (09), na Capital, o Programa Cinturão da Moda. Desenvolvido pela Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços do Estado (SIC), com apoio da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), o Programa projeta que sejam criados mais de mil novos postos de trabalho com a implantação da proposta, que contará com os municípios de Cristianópolis, Bela Vista de Goiás, Acreúna e Ipameri em seu projeto-piloto. 

Dados de um levantamento anual feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em parceria com o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IMEI), revelam que só em 2019, os setores têxtil e de confecção movimentaram no país R$ 187 bilhões, R$ 8,9 bi só em Goiás, ou seja, 4,8% de todo o faturamento nacional dos dois segmentos. Ainda conforme a Abit, em 2021, a indústria de confecção gerou um saldo positivo de 4.480 postos de trabalho em todo o Estado. Somente a Região da 44 emprega regularmente cerca de 160 mil pessoas direta e indiretamente. 

“A nossa região [da 44] já fomenta de forma espontânea a indústria da moda em outros 21 municípios. Com o projeto, a ideia é profissionalizar e capacitar os polos que já existem e criar outros novos”, explica Jairo Gomes, presidente de honra da AER44. 

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Já Chrystiano Camara, presidente executivo da AER44, lembra que há um bom tempo a indústria da moda tem se consolidado como uma forte vocação econômica de Goiás. “Apesar da elaboração pela SIC, com apoio da AER44, o programa Cinturão da Moda não tem dono e pertence a toda a cadeia produtiva da moda em Goiás. Assim, não só nós aqui da 44, mas as indústrias de confecção, os prefeitos do interior, o governo do Estado, todos são aliados nessa empreitada”, destaca Chrystiano. 

O titular da SIC, Joel Sant’Anna, por sua vez, destaca a importância da iniciativa para a geração de empregos e de renda, especialmente nos municípios menores e próximos da Capital. “Vamos iniciar com foco em quatro municípios, que serão modelos para outras cidades, num futuro breve. Sabemos que há uma carência de mão de obra qualificada para atender a indústria da produção de roupas em Goiás. E temos capital humano no interior que pode atender a essa demanda”, explicou Joel. 

A proposta se divide em várias etapas. A primeira é definição dos municípios. A segunda, formação da mão de obra para atender ao setor da moda. E a terceira é ampliar a quantidade de municípios beneficiados, podendo chegar a 30 localidades. Caberá às prefeituras organizar espaços para instalação de polos de facções e confecções, bem como selecionar a mão de obra local para treinamento em cursos de corte e costura. 

Municípios 

Para o prefeito Jânio Pacheco, o projeto chega para somar com as ações do Município. “No que depender do Município, iremos investir no projeto e nas parcerias para gerar mais emprego, renda e desenvolvimento. Em parceria com a Aciipa, já temos mais de uma centena de cadastros realizados. Nosso próximo passo será qualificar essa mão de obra, depois iniciar de fato a construção do nosso Polo Têxtil, agora, integrando o Cinturão”, destaca.Em Bela Vista de Goiás, o Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Lindomar Divino Pereira, pontua que aproximadamente duas mil mulheres no município têm curso na área de corte e costura, e cerca de 30 delas atendem aos critérios iniciais do projeto para confeccionar peças que atendam aos lojistas.

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