Ocupação de UTIs para Covid-19: apesar da queda, Goiás ainda registra taxa de 61%

Capital goiana mantém quantidade de ocupação estável, oscilando de 73% para 71%

Postado em: 23-02-2022 às 16h27
Por: Maria Paula Borges
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Capital goiana mantém quantidade de ocupação estável, oscilando de 73% para 71% | Foto: Agência Brasil

A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estava em alta desde janeiro de 2022. Após semanas, os estados apresentaram melhora em leitos para casos críticos de Covid-19. Em Goiás, a ocupação de leitos despencou de 82% para 61%, em uma semana. Já em Goiânia, a ocupação se mantém estável, oscilando de 73% para 71%. Os dados foram divulgados pela Prefeitura de Goiânia nesta quarta-feira (23/2).

No estado de Goiás, foram criados mais dez leitos de UTI, totalizando 245. Na capital goiana, continuam os mesmos 190 leitos disponibilizados.

Conforme as informações da Prefeitura de Goiânia, em Goiás, 10 leitos estão bloqueados e 103 disponíveis. Em Goiânia, por sua vez, apenas 56 leitos estão disponíveis e nenhum está bloqueado.

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Ao observar a Região Centro-Oeste no geral, a taxa de ocupação também era alta. Apenas o Distrito Federal e o Mato Grosso do Sul estavam com 80% ou mais de ocupação, na última segunda-feira (21/2).

No Distrito Federal a situação ainda é preocupante, com 83,33% dos leitos ocupados. No total, a unidade conta com 103 leitos para adultos e, destes, 87 estavam ocupados e apenas 1 liberado, que está sendo preparado para receber novo paciente. Os outros 15 aguardavam liberação ou estavam bloqueados.

Ainda sobre os leitos de UTI do Distrito Federal, 18 são voltados para uso neonatal e pediátrico, sendo que 14 já estavam ocupados.

Já no Mato Grosso do Sul, 79% dos leitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. Pelo SUS, no estado tem 190 leitos de UTI para Covid-19 e, destes, 136 estão sendo utilizados por adultos e 5 para uso pediátrico. Em relação a leitos privados, 43 foram disponibilizados e 24 estão ocupados.

Nesta quarta-feira, o estado contabilizou 2.320 novos casos da doença no período de 24 horas, sendo a média móvel de 3.051 infecções em sete dias. Além disso, foram registrados 14 novos óbitos pelo vírus.

Carnaval

Devido a onda de casos de Covid-19 assolando o Brasil desde o início do ano, por causa da variante Ômicron, as prefeituras decidiram cancelar desfiles e blocos de rua de Carnaval. Entretanto, a maioria das prefeituras permitiram festas privadas.

Segundo Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), “nessa leva atual é improvável que até o feriado de Carnaval tenhamos grande impacto e pressão causada pela Ômicron”. Além disso, o infectologista comenta sobre a queda de casos. “Vários indicadores têm apontado que o número de casos de ômicron está em queda. Isso significa que as internações e, muito em breve, os óbitos deverão cair de maneira mais acelerada”, afirma.

Evaldo explica ainda que algumas questões merecem atenção, como por exemplo a quantidade de pessoas não vacinadas com a terceira dose, que ficam mais vulneráveis às formas graves da doença, e a introdução da subvariante da Ômicron, a BA.2, com potencial de infecção ou reinfecção.

Mesmo diante do cancelamento de festas públicas e algumas privadas para o feriado, especialistas em saúde orientam recomendam evitar aglomerações. “Evitar aglomeração e priorizar ambientes abertos e bem ventilados são as recomendações. Mesmo com redução de casos, temos que evitar a circulação do vírus”, afirma o médico infectologista Bruno Ishigami.

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