Mãe e filho turistas têm carro metralhado após entrarem em favela por engano; morador morre em colisão

A Polícia Militar disse que os traficantes teriam confundido o carro em que ela estava com o filho com uma viatura policial.

Postado em: 24-05-2022 às 16h46
Por: Rodrigo Melo
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A Polícia Militar disse que os traficantes teriam confundido o carro em que ela estava com o filho com uma viatura policial. | Foto: Reprodução

Joseli Teresinha Arty, 40, e o filho de 15 anos tiveram o carro metralhado em favela no Rio de Janeiro. A suspeita é de que o veículo foi baleado por traficantes da comunidade Vila Aliança, em Bangu, zona oeste, nesta segunda-feira (23/5). Ao tentar fugir dos tiros, perdeu o controle do carro, chegando a atropelar e matar o morador Eduardo da Silva Guilherme, 21, que fazia bico como ajudante de pedreiro.

“O Dudu era conhecido aqui da região. Infelizmente estava no lugar errado na hora errada. A gente ainda gritou, mas o carro estava desgovernado”, Iara Loureiro, comerciante da comunidade.

Os dois usavam um aplicativo de localização para chegar no hotel, porém após indicação do sistema, entraram em um dos acessos da favela. Joseli é carioca, mas a família mora no Paraná. De acordo com a investigação, no momento em a professora e filho acessaram a comunidade, acontecia um intenso tiroteio.

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“Estava tendo muito tiro por causa da briga dos traficantes daqui. Do nada a gente ouviu um barulho muito forte, ela bateu com o carro, um morador foi atropelado, foi uma correria. Os policiais chegaram e levaram os dois para o hospital. Eles estavam bem, estavam conscientes”, contou

Confusão

A Polícia Militar disse que os traficantes teriam confundido o carro em que ela estava com o filho com uma viatura policial. Por meio de nota, a corporação disse que “não havia ação envolvendo equipes da Polícia Militar na região no momento do incidente”.

Os dois seguem internados no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste. A mulher tem ferimentos no pé esquerdo e na perna direita, com quadro de saúde estável e o menino não teve o boletim médico divulgado.

Segundo a Polícia Civil, o carro da família foi periciado. O delegado Bruno Gilaberte, responsável pelo caso, afirmou que depoimentos já foram marcados.

“Nós vamos ouvir a pessoa baleada, o filho que estava com ela no carro, vamos ouvir também parentes da pessoa atropelada. Tem uma equipe no hospital cuidando dessa diligência. Nós já temos toda a estrutura do tráfico local mapeado e vamos tentar, através desse mapeamento, identificar os responsáveis pelos disparos.”, informou Gilaberte.

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