Desemprego recua 10,5% e dá sinais de recuperação econômica

Serviços de embelezamento mostraram avanço na ocupação no trimestre encerrado em abril. Em Goiás, a taxa de desocupação foi de 8,9% no primeiro trimestre deste ano, indicando estabilidade

Postado em: 01-06-2022 às 08h49
Por: Daniell Alves
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Serviços de embelezamento mostraram avanço na ocupação no trimestre encerrado em abril. Em Goiás, a taxa de desocupação foi de 8,9% no primeiro trimestre deste ano, indicando estabilidade | Foto: Pedro Pinheiro

A taxa de desemprego no país ficou em 10,5% no trimestre encerrado em abril, a menor para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,1%, aponta Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com relação ao trimestre anterior, a taxa caiu 0,7 ponto porcentual (p.p.), e, no ano, a queda foi de 4,3 p.p.

Em Goiás, a taxa de desocupação foi de 8,9% no primeiro trimestre de 2022, indicando estabilidade em relação ao trimestre anterior (8,7%), que havia tido a terceira queda seguida. Assim, o Estado inicia o ano com taxa 4,0 p.p. menor do que quando iniciou 2021 (13,9%).

Já em todo o país, o número de pessoas ocupadas, de 96,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 1,1% na comparação com o trimestre de novembro a janeiro e de 10,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Isso equivale a um aumento de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.

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“Nesse trimestre, estamos diante da manutenção do processo de retração da taxa de desocupação, que vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021, em função, principalmente, do avanço da população ocupada nos últimos trimestres”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

Alta de 12 mil

Em números absolutos, a população desocupada em Goiás foi estimada em 343 mil pessoas, com alta de 12 mil em relação ao trimestre anterior (332 mil pessoas), mas dentro de uma margem de estabilidade. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (505 mil pessoas), houve redução de 162 mil pessoas desocupadas.

Conforme a pesquisa do IBGE, o Estado possuía 3,9 milhões de pessoas na força de trabalho no primeiro trimestre do ano corrente, aumento de 2,1% (79 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. A força de trabalho é composta pelos ocupados e desocupados. Já a taxa de desocupação é o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho durante o período analisado.

Titular da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna afirma que os dados relacionados ao desemprego guardam simetria com os indicadores do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostrando avanço nos empregos com carteira assinada.

“Por um lado, temos crescimento dos empregos formais, com carteira assinada. Por outro temos queda nos indicadores de desemprego. Nada disso é fruto do acaso. Temos em Goiás ajuste nos gastos, investimentos em áreas essenciais, equilíbrio das contas públicas, bem como reestruturação do Estado”, avalia o secretário.

Informalidade

A taxa de informalidade em Goiás passou de 41,0% no quarto trimestre de 2021 para 39,8% no primeiro trimestre de 2022. Contudo, apesar da queda de 14 mil pessoas, esse índice ficou estatisticamente estável, destaca o Instituto. A informalidade considera as seguintes categorias: empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada; empregadores sem registro no CNPJ; trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhadores familiares auxiliadores. 

Rendimento cai 7,9%

O levantamento aponta que, no país, o rendimento real habitual foi apurado em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, apresentando estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 7,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Beringuy explica que a expansão da formalidade não se traduziu em crescimento do rendimento: “Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público”, afirma. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilhões) cresceu frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

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