Goiás registra mais de 400 casos de hepatite em 2022

Segundo a Ses GO foram 223 casos de hepatite B e 182 da C

Postado em: 04-07-2022 às 08h01
Por: Sabrina Vilela
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Segundo a Ses GO foram 223 casos de hepatite B e 182 da C | Foto: Reprodução

Hepatite viral  é inflamação no fígado causada por alguns tipos de vírus no fígado, os principais vírus que acometem o Brasil são os vírus tipo a tipo B tipo é tipo C, existem também os tipos D e E que não são mais tão comuns no Brasil conforme afirma a médica do serviço de gastrocirurgia, Mirela Medeiros Monteiro Marta. 

O mês de junho é voltado para a conscientização dessa doença, por isso existe o julho amarelo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em Goiás no ano de 2020 foram registrados 455 casos de hepatite B e 210 da C. Em 2021 foram 910 casos do tipo A e 507 do B. Já em 2022 o total – até o mês de junho – 223 casos da B e 182 de hepatite C. O mês que mais registrou casos foi em janeiro com 45 casos de hepatite B e marco com 48 casos da B. 

Na grande Goiânia em 2020 foram registrados 90 pessoas com o vírus da Hepatite B detectado e 76 da Hepatite C. No ano de 2021 356 da Hepatite B e 238 da Hepatite C. Somente neste ano de 2022 95 Hepatite B e 115 da Hepatite C.

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Para conter os casos da doença no estado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que são tomadas medidas de prevenção, principalmente voltadas para a  Hepatite B. A pasta afirma que a principal medida de prevenção da doença está disponível para a população em geral nas Unidades de Saúde.

É informado ainda que a imunização para a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo recomendado de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Também é recomendada para todas as pessoas sem restrição de idade. 

O calendário infantil do Ministério da Saúde recomenda a 1ª dose da vacina da hepatite B (ao nascer) e 3 doses da pentavalente bacteriana (aos 2, 4 e 6 meses de idade) segundo a secretaria estadual afirma.

Outra medida indispensável para conter a doença, de acordo com a SES, é fazer o pré-natal com testagem para hepatite B no 1º trimestre e no 3º trimestre de gestação. Para os recém nascidos de mães com hepatite B é importante receber a 1ª dose da vacina contra o vírus da hepatite B e imunoglobulina contra a hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida.

As medidas de prevenção comuns às Hepatites B e C são o uso de preservativos masculinos ou femininos; Evitar compartilhamento de objetos pessoais: lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes, alicates de unha e outros; Evitar compartilhamento de instrumentos de drogadição; Frequentar locais (consultórios e clínicas médicas e dentárias, estúdios de tatuagem e colocação de  piercings, salões de beleza, entre outros) que seguem as normas de biossegurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia comentou por meio de nota as Américas que são tomadas a respeito como a estruturação do Plano de Micro Eliminação da Hepatite C, reunião de sensibilização e solicitação de apoio das áreas de Vigilância Epidemiológica  e Atenção à Saúde Estaduais para construção do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C, mapeamento das Clínicas de Diálise do município de Goiânia para parcerias e ações de micro eliminação da Hepatite C entre usuários destes serviços. 

Também a secretaria afirma que é realizada a sensibilização das áreas gerenciais da Atenção à Saúde de Goiânia para construção e pactuação do Plano de micro eliminação da Hepatite C , diagnóstico situacional de serviços de saúde como Hospitais,  Bancos de sangue, laboratórios quanto a necessidade de Padronização de fluxo de informações e reporte adequado de casos identificados, o que  gerou a demanda de Elaboração ( ainda não concluída) de Notas informativas a cada um dos serviços supracitados. 

Além disso é realizada reunião com Ministério da Saúde para esclarecimentos e orientações sobre o processo de elaboração do Plano Municipal de Micro Eliminação da Hepatite C em Goiânia, ampliação da oferta de testagem para unidades de APS com Capacitação de profissionais da Atenção Primária em testes rápidos para hepatites virais com apresentação do fluxo de notificação e encaminhamento de casos para tratamento e já é desenvolvido o projeto piloto de testagem para Hepatite C da população prioritária Profissionais de Saúde da UPA Novo Mundo e SVO.

Uma doença silenciosa

O vírus se instala no fígado e fica inflamado o órgão ao longo do tempo. O que causa Hepatite viral na maioria das vezes é essa inflamação, ela passa por um período silencioso ou seja o indivíduo não sente nada ou pode sentir também alguns sintomas bem inespecíficos que às vezes até confunde com a virose em geral conforme exemplifica Mirela Medeiros. “Os sintomas mais específicos da Hepatite são icterícia – olho amarelo a pele mais amarelada – , o xixi fica mais escuro as fezes ficam mais claras, dor abdominal, o fígado pode aumentar um pouco de tamanho esses são sintomas mais específicos, mas no geral é silenciosa”. 

A especialista afirma que na Hepatite A que o paciente se contamina e tem grande chance do próprio organismo eliminar o vírus. No entanto, com a  Hepatite B e a Hepatite C é um pouco diferente, quando o paciente se contamina com o vírus da Hepatite B ele tem de  85% a 90% de chance de eliminar o vírus do organismo. Na Hepatite B aguda é quando ele pode apresentar sintomas ou não mais uma vez ele pode ser assim automático mas o organismo pode ficar por seis meses tentando colocar aquele vírus para fora e se passar esse período e o organismo não conseguir colocar o vírus para fora a hepatite deixa de ser aguda e se torna crônica. Com isso o paciente passa o resto da vida com a doença e aumenta a chance do paciente evoluir para uma cirrose no fígado ou para um câncer de fígado. Por isso é importante sempre fazer acompanhamento conforme destaca a especialista.

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