Pais que perderam bebê em queda de avião em Goiânia devem ser indenizados em mais de R$ 150 mil

Segundo o processo, o motor da aeronave Fox, Modelo V-6, apresentou problemas.

Postado em: 04-08-2022 às 16h37
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Segundo o processo, o motor da aeronave Fox, Modelo V-6, apresentou problemas. | Foto: divulgação/Corpo de Bombeiros

Os pais de um bebê, que foi morto com a queda de um avião experimental em Goiânia, irão receber indenização em mais de R$ 150 mil. Segundo os autos, o acidente aconteceu devido à uma falha no motor e imperícia do piloto da aeronave, que também faleceu.

No dia 11 de agosto de 2018, Nehrú El-Aouar, dono do avião, voou em uma aeronave de pequeno porte junto com o mecânico de aeronaves, Reginaldo Ernane Do Amaral e o filho dele, Davi Andrade do Amaral, que na época tinha 1 ano. 

Segundo o processo, o motor da aeronave Fox, Modelo V-6, apresentou problemas. Ao tentar realizar uma manobra para aterrissar, Nehrú acabou batendo em duas casas, no Setor Jardim Vista Bela.

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O dois passageiros e o piloto foram resgatados. Davi, que estava sentado no colo do pai, não resistiu, já Reginaldo, que ficou ferido, sobreviveu. El-Aouar ficou 18 dias internado, com graves ferimentos, e morreu no hospital.

De acordo com um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o avião foi projetado para carregar apenas duas pessoas, porém, levava três. O Centro ainda aponta que o piloto não era qualificado e tinha pouca experiência.

O documento afirma que foi feita uma curva com grande inclinação, o que resultou na perca de sustentação da aeronave. Além disso, o laudo revela que o combustível do avião não estava conforme as normas e havia, também, dano no sistema de resfriamento dos motores.

Processo

O Cenipa concluiu, então, que a atitude do comandante contribuiu para o acidente. Dessa forma, a família de Davi decidiu processar as filhas de Nehrú. O caso ainda é passível de recurso.

Durante o processo, as duas tentaram argumentar que o mecânico Reginaldo era responsável pelas manutenções do avião e, consequentemente, pelo abastecimento. No entanto, o argumento não foi aceito, pois, segundo testemunhas, o piloto ficava no comando dessas atividades.

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Indenização

Por fim, as filhas foram condenadas a pagar R$ 150 mil de indenização pela morte da criança. Além de arcar R$ 1.821 com custos do enterro e outros R$ 7,5 mil para Regialdo, já que ele ficou incapacitado de trabalhar.

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