Goiânia disponibiliza 106 pontos de vacinação antirrábica, neste final de semana

No primeiro sábado (03/9), foram vacinados 21.623 animais, sendo 18.698 cães e 2.925 gatos

Postado em: 09-09-2022 às 17h09
Por: Ana Bárbara Quêtto
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No primeiro sábado (03/9), foram vacinados 21.623 animais, sendo 18.698 cães e 2.925 gatos | Foto: Reprodução

A prefeitura de Goiânia irá disponibilizar 106 pontos de vacinação antirrábica, nos Distritos Sanitários Centro, Campinas e Norte, neste sábado (10/9). A Campanha Vacinação Antirrábica 2022, que começou no dia 3 de setembro, irá até 24 de setembro.

A ação acontecerá por quatro dias consecutivos, sempre das 08h às 17h. “Dividimos a estratégia de vacinação nos sete Distritos Sanitários, sendo dois por sábado. Com isso, vamos cobrir toda a cidade”, afirma o diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis.

No primeiro sábado (03/9), foram vacinados 21.623 animais, sendo 18.698 cães e 2.925 gatos. Durante a semana, a vacina permanecerá disponível na sede dos sete Distritos, na Unidade de Vigilância em Zoonoses, e no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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“Nossa meta é vacinar 80% desses animais. Até o momento, a procura é considerada boa, mas precisamos que todos levem seus pets aos postos, pois essa é uma doença muito grave, que pode levar à morte dos animais e das pessoas que, porventura, sejam infectadas”, alerta o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

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Cronograma de vacinação antirrábica

Dia 10/9 – Distrito Campinas/Centro e Distrito Norte (106 pontos de vacinação)

Dia 17/9 – Distrito Noroeste e Distrito Oeste (124 pontos de vacinação)

Dia 24/9 – Distrito Sudoeste (75 pontos de vacinação)

Formas de contato da raiva

A raiva é uma doença infecciosa aguda por um vírus presente em mamíferos, como por exemplo morcegos e humanos. A transmissão se dá a partir do contato com o patógeno pela saliva do animal infectado.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Goiânia

Ela é possivelmente fatal, já que envolve o sistema nervoso central. “É uma doença quase sempre fatal (praticamente 100% dos casos evoluem para óbito), para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós-exposição”, afirma a Secretaria de Saúde.

No caso de uma possível infecção, a pessoa deve lavar o local com bastante água e sabão, para, em seguida, procurar uma unidade de saúde para o primeiro atendimento.

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Últimos casos em Goiás

O último episódio de raiva animal em Goiás foi transmitido pela variante canina e datado de 2002 e o de raiva humana, também transmitido pela variante canina, foi em 2001. Já os casos transmitidos por morcegos foram registrado em 2014 e 2015.

Mas, em 2008, um menino de 12 anos contraiu a hidrofobia (raiva) depois de ser mordido por um morcego, no interior de Goiás. O garoto foi internado Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e permaneceu em coma induzido.

Na época, o caso da criança foi o terceiro que ocorreu no país. Para o médico veterinário Fabrício Augusto de Sousa, é difícil controlar a transmissão que vem dos morcegos. “Os casos de raiva registrados, em 2014 e 2015, foram transmitidos por morcego, que é impossível de controlar”, disse.

Atualmente, no estado de Goiás, não há um hospital que disponibilize a vacina e o soro contra a raiva humana. Para se proteger da enfermidade é preciso vacinar cães e gatos e nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente.

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