Mãe que envenenou, afogou e esfaqueou filhas em Edéia é indiciada

Segundo a mãe da indiciada, a mulher teria pedido ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes

Postado em: 06-10-2022 às 15h50
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Segundo a mãe da indiciada, a mulher teria pedido ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes | Foto: Reprodução

A mãe que confessou ter matado as duas filhas afogadas e a facadas, dentro de casa em Edéia, foi indiciada pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (6/10), por duplo homicídio qualificado. Segundo a mãe da indiciada, a mulher teria pedido ajuda para fazer tratamento psiquiátrico antes das mortes, mas não chegou a fazer.

A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) informou que, a pedido da família, representa legalmente Izadora Alves de Faria, a fim de garantir seu direito à defesa, em virtude da sua hipervulnerabilidade.

“A mãe disse que o casal tinha muitas brigas, mas com as crianças a relação era tranquila, ela não era violenta com as meninas. Ela também já tinha pedido para ser internada, mas a família não internou”, detalhou o delegado.

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Na última semana, a DPE entrou com um pedido de transferência da mulher para um hospital psiquiátrico, que foi acolhido pelo juízo. A defensoria atua, também, em sua defesa no âmbito criminal.

Além disso, advogado de defesa da mulher pediu que a Justiça de Goiás fizesse um exame de insanidade mental para saber se ela pode responder criminalmente pelas mortes. O processo foi aberto no domingo (2/10), pela Vara Criminal da cidade.

O delegado que está comandando o caso ouviu a mãe da indiciada, na quarta-feira (5/10), e a mulher alegou que a filha não estava bem emocionalmente e queria ser tratada por um médico.

Com o indiciamento, Izadora, 30, pode ser condenada a 100 anos de prisão. De acordo com o delegado, ela pode pegar de 12 a 50 anos de pena por cada morte.

A Polícia Civil apurou, ainda, que a mulher envenenou, afogou e depois deu facadas nas filhas dentro de casa. As meninas, Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos, foram encontradas pelo pai, que lamentou a perda em suas redes sociais.

Leia também: Advogado pede exame de insanidade mental à Justiça para mãe que confessou ter matado as filhas, em Edéia

Intenção de matar as filhas

Em seu depoimento à PCGO, Izadora contou que há algum tempo já pensava em matar as meninas. Segundo o delegado Daniel Moura, a mulher tentou comprar uma arma de fogo para cometer o crime.

“Com a arma de fogo, segundo ela, ela cometeria os homicídios e tiraria a própria vida de forma mais rápida. Facilitaria [o crime], nesse sentido”, relatou Daniel.

No dia 27 de julho, Izadora compartilhou em uma rede social a foto de um laudo psicológico que a considerou apta para manuseio de arma de fogo. No dia seguinte, a suspeita postou a captura de tela de um aplicativo que mostrava mensagens com despachantes de armas de fogo.

O delegado informa que ela não chegou a ter acesso à arma. Questionada, a mãe teria revelado a intenção de matar, porém, não disse desde quando e como surgiu esse pensamento.

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