Jornalista que colocou bomba em caminhão teve cargo em ministério de Damares

Welligton Macedo de Souza possuía um salário de R$ 10 mil por mês

Postado em: 16-01-2023 às 18h00
Por: Mariana Fernandes
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Welligton Macedo de Souza possuía um salário de R$ 10 mil por mês | Foto: Divulgação

O jornalista Welligton Macedo de Souza, de 47 anos, terceiro envolvido no ataque bomba em Brasília, trabalhou com a senadora Damares Alves (Republicanos) no Ministério dos Direitos Humanos, no início do governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com informações divulgadas pelo Jornal O Globo, ele era assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e ganhava um salário de R$ 10 mil.

A denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal, em que envolvia Macedo e outros dois na explosão da bomba nos arredores do aeroporto, foi aceita pelo Tribunal de Justiça neste domingo (15). O trio foi identificado após a prisão de George Washington de Oliveira Sousa.

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George acabou admitindo, em depoimento à polícia , ter participado de um plano para provocar as Forças Armadas a decretarem “estado de sítio” e realizarem intervenção militar. Segundo a denúncia, Sousa, Alan Diego dos Santos e Macedo montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível pelo jornalista.

Os réus responderão pelo crime de explosão e poderão ter pena de três a seis anos de prisão, além de pagamento de multa.

O jornalista estava em prisão domiciliar e é considerado foragido após retirar, de forma ilegal, a tornozeleira eletrônica que usava. Ele já havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2021, suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro do último ano.

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