Pesquisadores estudam método que constata autismo em bebês

Professores analisam as causas genéticas do transtorno para viabilizar mais tempo de terapia aos paciente. Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo é celebrado nesta segunda-feira

Postado em: 02-04-2018 às 17h15
Por: Katrine Fernandes
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Professores analisam as causas genéticas do transtorno para viabilizar mais tempo de terapia aos paciente. Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo é celebrado nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira (2), é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. E professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) pesquisam as causas genéticas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) para viabilizar mais tempo de acompanhamento dos pacientes. Os pesquisadores tentam antecipar em até um ano a identificação da condição, permitindo que bebês de até 1 ano de idade já sejam diagnosticados por meio de exames laboratoriais. 

A professora e geneticista Thais Cidalia Vieira Gigonzac afirmou que observou o aumento na demanda por investigações em laboratório de crianças com sinais de autismo e decidiu investir em uma pesquisa que aperfeiçoasse o diagnóstico. Através da investigação, ela pretende acelerar o processo.

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“Os primeiros sinais podem ser identificados antes dos 2 anos. Com a pesquisa, é possível identificar regiões do genoma associadas ao autismo de forma precoce, antes mesmo de 1 ano de vida, sobretudo em crianças que já tenham histórico familiar de pessoas com TEA na família ou quando o médico assistente achar importante realizar o exame genético para orientação da família e escolha de terapia”, afirmou.

Nesta data, pessoas que conhecem o espectro apontam que os avanços no conhecimento sobre o transtorno viabilizam melhores condições para que os autistas se desenvolvam.

A aposentada Deliane de Oliveira Alfaiate, de 50 anos, tem um filho autista, Daniel de Oliveira Morais, de 28 anos. Segundo ela, quando descobriu que o filho tinha o transtorno, ainda havia pouca informação sobre a condição, o que dificultava que ela conseguisse ajuda até mesmo dos próprios médicos.

“Eu o levava nos médicos, como fonoaudiólogos, psicólogos, mas eles não sabiam com tratá-lo. Não tinham esclarecimento, um plano de ação de como ajudar. Hoje eu vejo que, quando se fala de autismo, as pessoas sabem do que é” disse.

O próprio Daniel conta que, com esforço e perseverança, conseguiu transpor as barreiras. Ele concluiu o ensino médio, conseguiu entrar numa faculdade e reconhece que o esforço e a persistência o fizeram se desenvolver.

“Eu busquei muita ajuda. Eu desenvolvi, lutei, passei pelas minhas dificuldades, eu consegui me virar sozinho. Eu tive momentos que foram complicados, mas consegui superar, graças a Deus. Foi uma batalha atrás da outra, mas consegui a minha independência” afirmou. 

Com informações do G1 goiás

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