Quinta-feira, 28 de março de 2024

MST ocupa fazenda em Goías e acusa local de servir para tráfico internacional de mulheres

Mulheres eram, principalmente, de origem humilde de Anápolis, Goiânia e Trindade

Postado em: 26-03-2023 às 10h37
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: MST ocupa fazenda em Goías e acusa local de servir para tráfico internacional de mulheres
Mulheres eram, principalmente, de origem humilde de Anápolis, Goiânia e Trindade | Foto: Divulgação/MST-GO

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou com mais de 600 famílias uma fazenda, em Hidrolândia (GO), no sábado (25). De acordo com a organização, a ação foi uma tentativa de fazer com que o local seja destinado à reforma agrária. O MST também chegou a afirmar que a fazenda pertencia a um grupo condenado por crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.

Segundo o Movimento, o objetivo é transformar esta área, antes “usada para violentar mulheres”, em assentamentos para as famílias. Após a condenação do grupo citado pelo MST, desde 2016, a fazenda se tornou patrimônio da União.

A Polícia Militar de Goiás (PM-GO) informou por meio de nota que esteve no local, onde tomou todas as medidas necessárias para garantir a segurança de todos os envolvidos. Conforme a nota da PM, não há mais ocupação na área.

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O MST detalhou sobre as ações do grupo criminoso que atuava na fazenda. De acordo com o Movimento, a Polícia Federal (PF) divulgou que a quadrilha era composta por 18 pessoas, que usavam o local para aprisionar mulheres, principalmente adolescentes. Depois, essas mulheres eram traficadas para a Suíça e submetidas à exploração sexual.

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Além das famílias, a ocupação na fazenda conta com a mediação do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino e da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil. Segundo os órgãos, eles entraram em contato com a Secretaria de Patrimônio da União, que já tinha conhecimento da ocupação por comunicado da Controladoria-Geral da União (GPU).

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