Moradores sofrem por falta de coleta de lixo na região Noroeste de Goiânia; Comurg assume falha no serviço

Em nota, a companhia alega que o "serviço exige bastante dos caminhões, que por sua vez, sofre com o desgaste natural devido o tempo de uso

Postado em: 11-05-2023 às 10h40
Por: Rodrigo Melo
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Em nota, a companhia alega que o "serviço exige bastante dos caminhões, que por sua vez, sofre com o desgaste natural devido o tempo de uso | Foto: Imagens obtidas pelo O Hoje

Anangelica Peireira, moradora do Jardim Nova Esperança, reclama que já tem duas semanas que não recolhem o lixo na rua dela. Segundo ela, os agentes da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) “passaram direto correndo e não recolheram o lixo. Acho que é preguiça dos lixeiros mesmo porque eles passaram na rua e não fizeram a coleta”.

Essa é a mesma reclamação do Eduardo Gomes, morador do mesmo setor, que sente que o bairro está uma nojeira com lixo por toda a parte e que “é um problema que está ocorrendo em toda a cidade”.

Na última semana, a população de outros setores da região Noroeste de Goiânia, como Morada do Sol, Santos Dumont e Finsocial também sofreram pela falta da coleta.

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Procurada pela reportagem, a Comurg assumiu que “que nos últimos dias a coleta de lixo orgânico na capital passa por instabilidade no que se refere à frequência”. Em nota, a companhia alega que o “serviço exige bastante dos caminhões, que por sua vez, sofre com o desgaste natural devido o tempo de uso, e em função disso, as quebras são frequentes” e que “um dos grandes problemas é a escassez de peças de reposição no mercado”.

Investigação

A Comurg é alvo de investigação de supostas irregularidades em contratos cujo o pagamento foi feito antecipadamente, sem executar o serviço.

Em março, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), denunciou o pagamento antecipado de R$ 8 milhões feito pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Prefeitura à Comurg. De acordo com Policarpo, o contrato assinado entre SRI e Comurg, em junho de 2021, visava o pagamento de emendas impositivas dos vereadores para realização de obras pela companhia. “Dois dias depois, a Prefeitura adiantou oito milhões [de reais] em nota fiscal dessas obras que deveriam ter sido feitas pela Comurg”, afirmou.

O fato pode configurar improbidade administrativa, já que algumas obras nem teriam sido iniciadas.

Leia também: Ex-diretor da Secretaria de Relações Institucionais é ouvido pela CEI da Comurg, na Câmara

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