Mesmo com anúncio de redução, queda no preço dos combustíveis ainda é tímida em Goiânia

Nesta quinta-feira (18/5), um posto na Avenida Jamel Cecílio, Setor Sul, ainda vendia a gasolina por R$ 5,77

Postado em: 18-05-2023 às 10h11
Por: Rodrigo Melo
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Nesta quinta-feira (18/5), um posto na Avenida Jamel Cecílio, Setor Sul, ainda vendia a gasolina por R$ 5,77 | Foto: Rodrigo Melo

Após dois dias do anúncio da Petrobrás que reduziu o preço médio da gasolina e diesel nas refinarias, diversos postos de combustíveis de Goiânia ainda não baixaram os valores. A queda ocorreu após a o governo federal anunciar a mudança da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), na terça-feira (16/5).

Nesta quinta-feira (18/5), um posto na Avenida Jamel Cecílio, Setor Sul, ainda vendia a gasolina por R$ 5,77 e o diesel a R$ 5,89. Outro localizado na Avenida Ricardo Paranhos, Setor Marista, o diesel custava R$ 6,15 e a gasolina R$ 5,59.

Para as refinarias, o reajuste informado pela Petrobrás foi de R$ 0,40 por litro no preço médio da gasolina, e R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel.

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Em diversos postos pesquisados pela reportagem, através do aplicativo E-ON, foram encontrados com os mesmos preços anteriores a anunciada Petrobrás, como um na Avenida T1, Setor Bueno, no valor de R$ 5,74 (gasolina) e R$ 5,94 (diesel). Próximo a Praça Pedro Ludovido, Setor Central, um posto vendia R$ 5,75 (gasolina) e R$ 5,79 (diesel aditivado).

80% dos postos sem redução

Marco Aurélio Marques trabalha como motorista de aplicativo há 6 anos e roda 12 horas por dia. Para ele, 80% dos postos em Goiânia ainda não baixaram os preços.

“Eu rodo em média 350 quilômetros por dia e preciso abastecer em até R$ 150 de combustível. Por isso procuro sempre um posto com os menores preços, mas a maioria deles estão com os preços antigos ainda, 80%.”, afirmou Marco.

Resposta do Sindposto

Ao O Hoje, o presidente do Sindposto (Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo de Goiás), Marcos Andrade, explicou que a cadeia de distribuição e a liberdade de preços no mercado influenciam os valores do reajuste. Para ele, a queda nos valores deve ocorrer em até seis dias, em todos os postos do Estado.

“O anúncio de redução da Petrobras vale efetivamente para as refinarias. Os postos não compram na refinaria, mas sim das distribuidora, e elas tem a liberdade de definirem seu preço. Ela pode definir uma redução menos ou maior do que a anunciada pela Petrobras”, disse Marcos Andrade.

Conforme o presidente do Sindposto, normalmente as distribuidoras repassam parcialmente as reduções, pois em seus estoques ainda estão armazenados o combustível do preço antigo, e os custos são revistos constantemente. Nesse sentido, os preços são reajustados aos poucos.

“Os postos também vão definir de forma livre. Toda cadeia tem liberdade para definir seus preços e só então ele chega ao consumidor. É importante o consumidor pesquisar e optar e por aquele posso que atenda e na sua melhor condição”, concluiu.

Fiscalização nos postos

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) quer os Procons estaduais e municipais de todo o país monitorando os postos de combustíveis, para verificar se a redução dos preços médios da venda de gasolina e diesel para as distribuidoras foi repassado aos consumidores.

Com esse propósito, o órgão emitiu, na noite desta terça-feira (16), um ofício aos Procons, solicitando a eles que façam esse monitoramento de preços nas diversas regiões do país.

Em nota divulgada pela Senacon, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que o monitoramento é fundamental para assegurar que essa redução dos preços realmente chegue aos consumidores.

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