Quem é a Irmã Mônica, evangélica da Congregação Cristã que defende gays e trans

Na contramão da orientação da alta cúpula da igreja da qual faz parte, a Congregação Cristão do Brasil (CCB), a irmã Mônica Bispo, sempre com o véu na cabeça, como prega a doutrina da religião, externou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante todo o período eleitoral de 2022.

Com quase 200 mil seguidores nas redes sociais, moradora de Brasília, ficou conhecido por vídeos em que aparece vestida sempre com blusas que cobrem o ombro e saias abaixo de joelho, pedindo respeito às pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mulheres.

O discurso da religiosa mais contundente, no entanto, é a favor da prisão do ex-presidente Bolsonaro, recorrentemente assunto nos vídeos dela. Enquanto uma onda evangélica endossou o discurso antipetista, irmã Mônica foi às ruas “profetizar” para que Luiz Inácio Lula da Silva fosse eleito presidente pela terceira vez.

Apenas isso causou furor nas redes sociais, mas, quando decidiu se deixar filmar comemorando a baixa do preço dos combustíveis, foi alvo de ataque da youtuber Antônia Fontenelle. “Foi para isso que fiz o L”, disse a irmã Mônica.

Fontelenelle, então, gravou um vídeo em tom de deboche. “É o reflexo da ignorância. Essa infeliz não deve nem ter carro”, disse ela e acrescentou: “pobres e miseráveis de tudo”.

“Dar espaço para esse tipo de gente ignorante, esses pobres miseráveis de alma, de espírito, de educação, de tudo, é a mesma coisa que dar espaço para os bandidos”, disse, ainda, Fontenelle. “Em muito pouco tempo, as Irmãs Mônicas estarão catando lixo, então elas vão aprender”.

Indignado com a fala da Fontenelle, outro youtuber, Felipe Neto, disponibilizou sua equipe jurídica para que a irmã Mônica processasse Fontenelle. 

Em entrevista ao Metrópoles, Irmã Mônica afirmou que se sentiu humilhada pela youtuber e que vai processá-la. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mateus 5:6”, citou ela, a prometer o processo.