Goiás atinge marca de 50 mortes por gripe em 2023

Os óbitos são decorrentes das variantes da influenza pelo vírus B e também pela H1N1, que juntas, somam 19 casos

Postado em: 30-06-2023 às 08h30
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás atinge marca de 50 mortes por gripe em 2023
Em relação ao mesmo período do ano passado, o número corresponde a um aumento de mais de 10% | Foto: Divulgação

O estado de Goiás registrou a marca de 51 mortes por gripe em 2023, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) desta quinta-feira, 28. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o número corresponde a um aumento de mais de 10%. Segundo os dados, os óbitos são decorrentes das variantes da influenza pelo vírus B e também pela H1N1, que juntas, somam 19 casos. Além disso, os outros registros são de influenza A e B.

As cidades que concentram o maior número de casos, são: Goiania, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Anápolis, Catalão e Jataí. Ao todo, 25 municípios goianos registraram mortes pela doença e as vítimas têm idades entre 5 meses e maiores de 60 anos.

Na visão do infectologista Marcelo Daher existem alguns critérios importantes que precisam ser avaliados em relação ao aumento da doença. Um deles é a realização de exames. “ Ao meu ver, não é que existe um aumento muito grande de casos, pode até realmente estar ocorrendo, mas existe também um diagnóstico muito maior de casos que não haviam antes”.

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O infectologista relembra os anos de 2020 a 2022, quando toda a atenção das autoridades de saúde estava voltada para a covid-19 e os testes  em relação à influenza eram pouco. “Agora a realização do painel viral passou a ser uma rotina, então, obviamente teremos mais diagnóstico não só de influenza”, disse.

Marcelo Daher disse ainda que a vacina é uma estratégia para diminuir a gravidade dos quadros, mas não impede que a infecção aconteça. Além disso, ele ressaltou que os grupos de maior risco, como crianças muito pequenas, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, ainda precisam ser prioritários na vacinação. 

“Este ano houve uma abertura muito precoce da vacinação para toda a população, talvez para atingir metas, mas se esqueceram de continuar priorizando os grupos mais vulneráveis, que têm um risco maior de doença. A cobertura vacinal desse grupo ainda está em torno de 50%”, declarou o infectologista.

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