No dia do padeiro, setor comemora crescimento

Neste domingo é celebrado o Dia da Padroeira dos Panificadores. Setor gera 21 mil vagas de empregos em Goiás

Postado em: 07-07-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: No dia do padeiro, setor comemora crescimento
Neste domingo é celebrado o Dia da Padroeira dos Panificadores. Setor gera 21 mil vagas de empregos em Goiás

Cejane Pupulin* 

Continua após a publicidade

Atualmente o setor de panificação emprega 21 mil pessoas diretamente em Goiás. Em todo o Estado há 2.100 padarias, panificadoras, confeitarias e indústria similares, destas 650 estão localizadas em Goiânia. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Goiás (SindiPão). Segundo o Presidente do SindiPão, Luiz Gonzaga, o mercado de panificação cresce acima dos índices indicativos do conjunto de empresas nacionais. “Há três, quatro e cinco anos o crescimento era na casa de dois dígitos, mas no último ano a realidade não foi tão positiva”, revela.

Com este cenário há quem ame a profissão. “Ser padeiro é uma arte”. Esta premissa é do supervisor de padaria de uma rede de supermercados em Goiás, Emerson Eterno de Souza Passos, 40 anos. Ele é padeiro profissional há 18 anos, mas o amor pela panificação começou ainda na infância, vendo a tia que era proprietária de uma padaria no interior do Estado e o com irmão, que já era padeiro. 

A qualificação da mão de obra é um dos principais entraves dos pequenos e microempreendedores do setor. Gonzaga complementa que a rotatividade também é outra dificuldade. “Apenas o Senai qualifica mais de 300 profissionais por ano”, revela. Devido à qualificação e a experiência, Emerson já formou muitos profissionais na Rede Bretas, onde trabalha. “Hoje posso dizer que ajudei na formação de mais de 800 padeiros e confeiteiros em Goiás”, revela com alegria.

Ele começou na rede de supermercados há 19 anos como frente de caixa e, já na primeira oportunidade, pediu para ser transferido para a área que mais gosta, a padaria. Ele começou como assistente de padeiro, em seguida assistente de confeiteiro, conseguiu se formar em panificação e em confeitaria, depois se tornou encarregado, formador e supervisor.

Atualmente, Emerson é responsável por coordenar mais de 130 pessoas em todas as padarias da Rede Bretas. “Meu objetivo hoje é ajudar na formação de novos padeiros e confeiteiros. Meu crescimento depende de ajudar os colegas e formar mais profissionais que possam me ajudar a manter a qualidade da padaria de todas as nossas lojas”, explica.

Hoje, a rede de supermercados emprega em Goiás 27 padeiros e 27 confeiteiros em 27 lojas em Goiás, além de 27 encarregados e 50 auxiliares. São eles os responsáveis pela produção de 128 itens, como pães, roscas, bolos, quitandas e tortas.

O carinho

“Padaria é amor. Se o padeiro estiver magoado ou feliz ele transmite o sentimento para o pão ou para o bolo”, reflete Emerson. Assim, na hora da preparação o profissional deve expor carinho e muito amor. “Participamos das vidas das pessoas. No dia a dia fazemos e modelamos os pães, também estamos presentes nas datas especiais e celebrações com os nossos bolos”.

A data

Estudos apontam que o pão surgiu na Mesopotâmia há 12 mil anos com o cultivo do trigo e os primeiros pães eram achatados, secos e amargos. Foram os egípcios os primeiros povos a utilizarem os fornos para assar pães e, no Brasil, o alimento substituiu o beiju, no século XIX.

Um dos costumes e uma das satisfações do brasileiro é acordar cedinho, sentir o cheiro do pão e saboreá-lo quentinho com manteiga e café. Tamanha é a importância do pão e de quem o produz que o padeiro ou panificador é homenageado no dia 8 de julho, quando também se comemora a padroeira dos panificadores, Santa Isabel, que distribuía pães aos pobres portugueses e transformou o alimento em rosas (o milagre de Santa Isabel*). (*especial para O Hoje)  

Veja Também