Cachoeira tira tornozeleira eletrônica após determinação judicial

A autorização para retirada do equipamento foi dada pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, após analisar um pedido da defesa de Cachoeira

Postado em: 21-08-2018 às 14h00
Por: Katrine Fernandes
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A autorização para retirada do equipamento foi dada pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, após analisar um pedido da defesa de Cachoeira

Na tarde desta terça-feira (21) o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, retirou a tornozeleira eletrônica que usava desde 8 de junho por ter sido condenado por fraudes na loteria carioca. De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele chegou à colônia do regime semiaberto de Goiás por volta das 12h10, acompanhado de um advogado.

A autorização para retirada do equipamento foi dada pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, após analisar um pedido da defesa de Cachoeira. Os advogados alegaram que ele precisa fazer viagens a trabalho. O bicheiro trabalha em uma empresa de distribuição de materiais hospitalares e farmacêuticos. 

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No dia 21 de junho, Cachoeira foi filmado participando da festa de aniversário da filha em um Centro Municipal de Educação Infantil. Na decisão sobre a liberação da tornozeleira, o juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga alega que isso não constituiu em uma falha grave.

“Não houve fuga e houve a justificação do fato, razão pela qual, entendo desnecessária a aplicação da sanção disciplinar uma vez que excessiva e desproporcional. […] Seu comparecimento no evento de cunho social também faz parte de sua ressocialização”, disse.

Com a decisão, Carlinhos Cachoeira fica autorizado a viajar exclusivamente a trabalho por até três dias para qualquer cidade, desde que informe as autoridades responsáveis. Já viagens a lazer devem ser autorizadas pela Justiça.

A defesa do contraventou considerou a decisão como adequada. “Não há como ampliar o sinal de cobertura da tornozeleira eletrônica, então o juiz substituiu uma forma de controle por outra. Não é um afrouxamento de pena, porque em todas as viagens vamos ter que juntar documentos comprovando as atividades, ele vai ter que comparecer ao fórum”, disse o advogado Cleber Lopes.

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