A mudança na vida após descobrir gestação de quatro

Kassia Cristina Freitas, Gerente de Marketing de 39 anos, está com 23 semanas de gestação de quadrigêmeos, ou seja, no sexto mês

Postado em: 06-10-2023 às 07h30
Por: Ronilma Pinheiro
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Para manter os bebês seguros, Kássia conta com uma dieta alimentar restrita recomendada pelos médicos, sem açúcar, com pouca massa, mais carnes e verduras | Foto: Leandro Braz

Desde que descobriu que vai ser mãe de quádruplos, Kassia Cristina Freitas, de 39 anos, passou viver o excepcional. Gerente de Marketing, ela está com 23 semanas de gestação, ou seja, no sexto mês. Ela já teve algumas intercorrências, como ficar internada devido uma infecção por Covid-19. Kássia relatou ao jornal O Hoje que, atualmente, está de repouso total, por recomendação médica. A gestante, que já é mãe do Davi, de 4 anos, não pode se abaixar para pegar o filho no colo, ou sequer dar banho nele. Ela conta com a ajuda da mãe para realizar estas tarefas.

Com a chegada da grávidez de quadrigêmeos, os hábitos alimentares da mamãe também tiveram que mudar. Para manter os bebês seguros, Kássia conta com uma dieta alimentar restrita recomendada pelos médicos, sem açúcar, com pouca massa, mais carnes e verduras. “Eu tô fazendo tudo que eu posso”, afirma a grávida. Além disso, a gerente de marketing que antes trabalhava de modo presencial, agora passou a trabalhar em  home office. “Ainda bem, que eu posso. Tem dias que eu tô trabalhando até deitado”, acrescenta.

Os exames de rotina como o ultrassom, por exemplo, são realizados toda semana, para que a obstetra que acompanha a gestação possa verificar o estado dos bebês. São dois gêmios idênticos do sexo masculino e dois do sexo feminino, divido em duas placentas. Assim, é possível saber exatamente a diferença de peso dos bebês. 

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Para que a gestante tenha menos complicações e desconfortos ao realizar as consultas, a obstetra que acompanha a sua gestação, Rita de Cássia, vai passar a fazer os procedimentos da consulta na casa de Kássia. “Então, ela quer que eu fique assim, quietinha, e ela vem aqui em casa e faz o que precisa”, explica.

Ao jornal O Hoje, a obstetra disse que fez o primeiro parto de Kássia, quando ela teve o filho Davi, que já realizou outros partos na família e que por isso, sente um carinho especial pela família da gestante. Devido às dificuldades da grávida para locomoção pelo volume abdominal mais a cerclagem uterina prévia e precisar de ajuda para se levantar, a médica sugeriu as consultas em casa, segundo ela.

“Meu consultório é no 11° andar do prédio, ela terá mais dificuldades para realização das consultas de pré- natal, apesar do elevador e das cadeiras de rodas. Para evitar esses deslocamentos, sugeri eu mesma ir até a casa dela e examiná-la”, explica a especialista. A médica acrescenta ainda que não vê problemas em ir na residência da paciente, pois é  uma forma de ajudá-la.

Apesar do receio, principalmente nesta reta final, cada nova semana é considerada uma vitória para a mãe do Ulisses, Ícaro, Aurora e Lívia Luíza, como são chamadas as crianças que Kássia espera com tanto amor e anseio. “A gente fica muito ansioso para que dê tudo certo, quanto mais tempo os bebês ficarem, melhor. Se Deus quiser vai dar tudo certo”, diz a mãe animada com a chegada dos filhos.

A mãe e a família já se preparam para receber os quadrigêmeos, em busca de um local novo para morar, já que a residência atual não suporta as crianças, segundo Kássia. “Eu tô procurando um outro lugar também para montar o quartinho. Sei que tá em cima, mas a gente tá correndo atrás, para que tudo isso dê certo”, explica. Além disso, Kassia criou um perfil nas redes sociais onde compartilha a rotina e a espera pelos filhos. Ela também conta com a ajuda de quem quiser fazer doações para ajudar nos cuidados dos bebês.

Para essa forma de gemelaridade, que corresponde a dois pares de gestação Monocoriônica e Diamniótica, ou seja, dois pares de gêmeos idênticos, é praticamente impossível chegar até às 36 semanas de gestação, segundo a obstetra. Dessa forma, de acordo com a especialista, o ideal será aguardar, se possível, até às 34 semanas para evitar a prematuridade extrema. No entanto, Rita afirma que se a gravidez chegar até pelo menos às 32 semanas, já é uma vitória.

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