Chuvas fortes e alagamentos aumentam riscos de contaminação por leptospirose, alerta SES-GO

A preocupação aumenta neste período por causa do contato direto ou indireto com água contaminada em situações de alagamentos, enxurradas e inundações

Postado em: 25-11-2023 às 13h56
Por: Ícaro Gonçalves
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A preocupação aumenta neste período por causa do contato direto ou indireto com água contaminada em situações de alagamentos, enxurradas e inundações | Foto: Arquivo

O estado de Goiás já sente os efeitos da proximidade do verão. Nos últimos dias, chuvas fortes caíram em diversas regiões do estado. Alguns bairros de cidades como Goiânia e Rio Verde até mesmo já presenciaram os recorrentes alagamentos.

Com o período de chuvas, a Secretaria da Saúde (SES-GO) fez um alerta, nesta sexta-feira (25/11), sobre os riscos da leptospirose. Doença infecciosa grave, a leptospirose é causada pela bactéria leptospira e pode chegar a 40% de letalidade, nos casos mais graves.

A preocupação aumenta neste período por causa do contato direto ou indireto com água contaminada em situações de alagamentos, enxurradas e inundações. 

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A doença

De acordo com a enfermeira da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES), Lúcia Ramos Magalhães, a transmissão ocorre por meio do contato com a urina de animais infectados.

“Nesse período de chuva pós-enchente, a lama, água (em bueiros e esgoto), tudo pode estar contaminado pela urina, em especial dos roedores. Ela é uma doença que tem um período de incubação de três a 14 dias, em média sete dias”, afirma. 

Em 2023, houve o registro de uma morte por leptospirose no estado, assim como em 2021. Não houve óbitos pela doença em 2022. Em relação ao número de casos, foram 25 neste ano, 18 no ano passado e 21 em 2021.

“É uma doença que pode comprometer todo o organismo, podendo evoluir de uma forma leve para uma forma grave, que é o nosso maior problema, porque a letalidade é alta. Nas formas graves, o paciente geralmente precisa ser internado. Alguns vão para o respirador. A doença pode evoluir para complicações renais, respiratórias e hemorragias”, destaca. 

Prevenção

Para evitar a contaminação, explica a enfermeira, a melhor forma é a prevenção, tendo em vista que não há uma vacina para a doença.

“A recomendação é não se expor a situações de risco. Evitar as enxurradas, fazer o descarte adequado do lixo, evitar a água e lama de enchentes, manter a caixa d’água tampada, manter os lotes e casas limpas, armazenar os alimentos em locais inacessíveis aos roedores, controle da população de roedores”, ressalta. 

Outras medidas incluem impedir que crianças nadem ou brinquem na água de enxurradas; utilizar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos sobre os pés e mãos) no caso das pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto; desinfectar o chão, utensílios domésticos e caixa d’água, caso sejam atingidos por alagamentos.

Com informações da Secretaria da Saúde de Goiás

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