Goiás dobrou exportação de açúcar e álcool em cinco anos
Cerca de 90% da receita do complexo sucroalcooleiro é originada da exportação do açúcar
Por: João Victor Reynol de Andrade
Desde 2012, o estado de Goiás se posicionou como o segundo maior produtor de açúcar por área, assim como o segundo maior produtor de etanol. Não apenas isto, mas de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), em 2023 o estado de Goiás movimentou mais de 510 milhões de dólares em exportação de açúcar e álcool combinados.
Neste número, cerca de 90% da receita do complexo sucroalcooleiro é originada da exportação do açúcar em si, dando mais de 460 milhões de dólares, se comparado ao ano de 2022, houve um aumento de 72%. Em relação à evolução nos últimos cinco anos, o setor dobrou sua exportação de 302 milhões de dólares para 510 milhões.
Com isso, os estados produtores da commodity comemoram um recorde histórico nunca antes visto desde 1988, com a moagem acumulada em até 595 milhões de toneladas colhidas segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Única), com Goiás representando 11% de toda extração, ou seja, 75 milhões de toneladas de cana.
Neste mesmo ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), a região sul do estado foi a terceira maior produtora de cana-de-açúcar, com uma área destinada de 737 mil hectares, aos dados relativos do estado inteiro é de 960 mil hectares. Desta informação, Quirinópolis é o município com maior área de produção, cerca de 79 mil hectares, gerando uma receita de R$ 908 mil. Apenas no estado de Goiás há 38 usinas ativas de açúcar e álcool no estado, de acordo com o Sindicato da Indústria da Fabricação de Açúcar e Álcool do Estado de Goiás (Sifaeg).
Dessa produção, cerca de 77% é para o refinamento de álcool, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com destino para uso interno, para ser refinado em etanol. De acordo com a União Única, houve um aumento geral de 32% na produção de açúcar. “A produção de açúcar na primeira metade de novembro totalizou 2,19 milhões de toneladas. Essa quantidade, comparada à registrada na safra 22/23 de 1,67 milhão de toneladas, representa aumento de 32,09%”, diz a entidade.
Enquanto isso, a produção de álcool manteve alta e houve um aumento no uso de bioenergia nas redes elétricas estaduais. “Na primeira quinzena de novembro, tivemos 1,64 bilhão de litros, um aumento de 28% de etanol foram fabricados pelas unidades da região Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 989,05 milhões de litros, um acréscimo de 65,18%”, diz o grupo.
Vale lembrar também, que Goiás é o segundo maior estado produtor de etanol com 5 milhões de litros produzidos entre 2022 e 2023. Ainda de acordo com a União, as usinas do estado de Goiás já terminaram suas produções. “Nesta última quinzena, 25 unidades encerram a moagem, enquanto no acumulado já se contabilizam 50 unidades. O número de unidades paralisadas é superior nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso”, diz o documento da entidade.
